Na reunião desta quinta-feira, dia 5 de maio, a Câmara Municipal aprovou a mudança temporária da Unidade de Saúde Familiar (USF) Antonina para o Pavilhão Multiusos de Requião.
O presidente da Câmara, Mário Passos, afirmou que “a mudança foi solicitada pela Unidade de Saúde Familiar”, que se encontra em fase de obras de requalificação. A requalificação da USF de Requião vem no seguimento de um acordo de colaboração realizado entre a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) e a Câmara de Famalicão.
A Junta de Freguesia de Requião confirmou a cedência gratuita do Pavilhão Multiusos de Requião até ao final de novembro de 2022. Refira-se que a USF de Requião responde a cerca de 7000 utentes das freguesias de Requião, Vale São Cosme, Telhado, Portela, Vale S. Martinho e Seide (S. Paio e S. Miguel).
Ainda segundo o presidente da Câmara, “não estava a ser exequível a permanência desta Unidade de Saúde enquanto decorria a obra”. A 24 de fevereiro de 2022 a Câmara Municipal aprovou a obra de “Remodelação e ampliação da USF Antonina – Requião” pelo valor de 454.433,19 euros – que resulta de uma candidatura a fundos comunitários realizada para o efeito. A 8 de abril, a equipa médica da USF de Requião alertou para a impossibilidade prática de executar a obra com a USF em funcionamento.
A vereadora socialista Maria Augusta Santos questionou se “de março até agora não foi possível avaliar que o funcionamento da USF não era compatível com obras desta dimensão”. A vereadora acrescentou ainda que “se perdeu aqui algum tempo”. Mário Passos afirmou que “esse cenário foi antecipado, mas não havia concordância da parte da ARS Norte”, entidade que gere a USF Antonina.
Inicialmente, as obras da USF de Requião tinham prazo de conclusão definido para abril de 2023. A empresa Construções Camposinhos Ferreira, Lda, a quem a obra foi entregue, foi contactada pela Câmara e assumiu o compromisso de executar a obra dentro do novo prazo.
A antecipação do final da obra para 30 de novembro de 2022 não apresenta custos adicionais. “Não houve subtrações nem adições”, referiu Mário Passos. O presidente acrescentou ainda que “é preciso realçar que encurtamos o prazo da obra”. Para a vereadora Maria Augusta “a obra acabaria sempre mais cedo se este assunto tivesse sido previamente tratado”.
A Câmara Municipal não apresentou nenhuma justificação da Junta de Requião para a cedência gratuita do pavilhão ser limitada até novembro.
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