A equipa de futebol Sub23 da sociedade anónima desportiva (SAD) do Futebol Clube de Famalicão, que milita na Liga Revelação, vai disputar os seus jogos em casa no Estádio do Vila Chã, no concelho de Esposende, a 54 quilómetros de Vila Nova de Famalicão, através da através das auto-estradas A7 e A28.
A União Desportiva de Vila Chã fez o anúncio esta semana nas redes sociais.
O FC Famalicão encontrou em Esposende aquilo que não conseguiu encontrar no concelho famalicense: um estádio com relva natural e cujas estruturas respeitassem as condições impostas pela Federação Portuguesa de Futebol aos participantes na Liga Revelação, o escalão mais alto da formação de jogadores de futebol.
O problema foi levantado na reunião da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, realizada esta quinta-feira, 25 de novembro, pelo vereador socialista Eduardo Oliveira.
“O Município que quer ser Capital Europeia do Desporto em 2025 não tem campos de futebol com qualidade e condições suficientes para as competições nacionais”, escreveu Eduardo Oliveira nas redes sociais, relatando o episódio que o próprio suscitou na reunião da Câmara Municipal.
“Questionei o Presidente da Câmara sobre este assunto perguntando se tem ou não uma solução para a equipa de futebol Sub23 dentro do concelho de Famalicão. Mário Passos respondeu que não tem solução e devolveu a responsabilidade por encontrar essa solução para a sociedade anónima desportiva (SAD) que administra o futebol do FC Famalicão”, revela Eduardo Oliveira, que além de primeiro vereador da oposição é líder do PS local.
Na mesma publicação no Facebook, o autarca socialista diz ter retorquido, “salientando a importância do futebol nacional para o turismo e para a economia da cidade” e “também como fator de lazer para os adeptos do FC Famalicão, que perderam a oportunidade de assistir ao vivo na sua terra aos jogos do seu clube de futebol”.
“PRIMEIRO O GRAL, AGORA O FC FAMALICÃO…”
Eduardo Oliveira diz que Mário Passos “fez do desporto uma bandeira eleitoral e, mal iniciou o seu mandato, aparecem problemas graves de falta de infraestruturas para os quais diz não ter solução”.
O vereador do PS recorda: “Primeiro foi o futsal feminino do Grupo Recreativo Avidos e Lagoa (GRAL), que não tem espaço para treinar e jogar no concelho, por proibição da Câmara Municipal. Agora, foi a vez dos Sub23 do FC Famalicão, obrigados a jogar em casa emprestada no concelho de Esposende.”
Segundo apurou o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO, a política municipal de financiar a colocação de relva artificial nos campos de grande parte dos clubes do concelho gerou uma situação de rotura que levou os dirigentes do clube mais representativo do concelho a procurarem uma alternativa de relva natural fora de Famalicão.
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