O processo já começou!
Aos poucos, de forma mais ou menos evidente, começa a surgir um novo ponto de interesse (que definitivamente não é público) para os tentáculos daqueles cuja missão é arrecadar mais e mais e mais, e em nome desse arrecadar, levam tudo a torto e a direito.
Mas, pior que isto, pois cada um (privado) haverá de ter legitimidade de levar em frente os seus objetivos, as suas metas, é não existir por parte das entidades públicas o mínimo de estratégia de ordenamento de território e ainda pior, promovem o total desgoverno do nosso concelho.
Já é público a intenção do executivo PSD/CDS – liderado pelo já anunciado candidato nas eleições autárquicas, Mário Passos –, continuar a estratégia do seu antecessor (que orgulho!) Paulo Cunha em abrir uma nova estrada que ligue Landim a Seide – afinal o primeiro sempre avisou que conhecia os dossiers do segundo, como a palma da sua mão.
Não esqueçamos que aquele em 2021 tinha um “programa ambicioso, inovador, moderno, que dá continuidade ao trabalho de qualidade dos últimos anos, mas que rasga novos caminhos para o futuro.” (Ele avisou!)
Bem verdade, novos caminhos, ruas, estradas, montes tudo vale rasgar em nome de um suposto futuro! E tudo vale destruir! E se nem a acácia do Jorge escapou…
Para abrir uma nova rua de acesso à A7 vão-se destruir campos agrícolas, espaços verdes, ricos em biodiversidade, vão-se destruir projetos familiares e de proximidade. (Ele avisou!)
Toda a zona envolvente à entrada da A7, em Seide, vai ser alvo de uma forte industrialização com a revisão do PDM, depois teremos mais este acesso rodoviário que vai destruir a torto e a direito tudo que se colocar à frente, e vai potenciar novas construções industriais. (fica o aviso)
Como se isto não fosse já de si preocupante, eis que surgem zonas pop-up (estrangeirismo que basicamente significa coisas que surgem não se sabe muito bem como, e de onde), assim como não quer a coisa, e sem licença instalam-se, abatem tudo que é árvore, para os sobreiros esperam um bocadinho, que o ICNF abane com a cabeça, a Câmara Municipal, liderado pela pessoa que não nos quer provincianos (as palavras não são minhas), há de encolher os ombros, e cá andamos.
E agora, pensemos. Não acham que está na hora de quebrar este ciclo?
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