Esta quarta-feira, dia 16 de novembro, assinala-se o centenário do nascimento do escritor José Saramago, o único autor de língua portuguesa que venceu o Prémio Nobel da Literatura, galardão que é atribuído desde 1901.
Para celebrar o centenário do nascimento de Saramago, o famalicense Artur Sá da Costa, especialista em cultura e história local, recorda, no Facebook, as memórias da visita do célebre escritor ao concelho de Vila Nova de Famalicão.
A convite do antigo presidente da Câmara Municipal, o socialista Agostinho Fernandes, José Saramago esteve nos jardins da Praça Álvaro Marques, nos Paços do Concelho de Vila Nova de Famalicão, onde plantou uma cerejeira.
Artur Sá da Costa, que aparece à direita do escritor no momento da plantação da árvore, era o diretor do Departamento de Cultura da Câmara MUnicipal, naquele que era o quinto e último mandato de Agostinho Fernandes como presidente da autarquia.
Em 21 de março de 2019, Agostinho Fernandes voltou ao local, desta vez convidado pelo ex-presidente da Câmara, Paulo Cunha, para participar no batismo da cerejeira como “Árvore do Nobel”.
“O Nobel da Literatura. Visita em 1999, Famalicão, três meses após vencer o galardão”, recorda Artur Sá da Costa, ao partilhar fotografias de José Saramago a plantar uma cerejeira, a “Árvore do Nobel”, nos Paços do Concelho e a depositar um ramo de flores na Casa-Museu de Camilo Castelo Branco.
Na visita a Vila Nova de Famalicão José Saramago, autor de “Ensaio sobre a Cegueira” e “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, entre outras importantes obras literárias, recebeu a Medalha de Honra do Município.
BIOGRAFIA
Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na freguesia ribatejana de Azinhaga, no município de Golegã.
Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou “A Viúva”, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título “Terra do Pecado”. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance “Claraboia”, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.
Regressa à escrita em 1966 com “Os Poemas Possíveis”.
Em 1971 assumiu funções de editorialista no jornal “Diário de Lisboa” e em abril de 1975 é nomeado director-adjunto do “Diário de Notícias”.
No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projecto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance “Levantado do Chão” e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca.
José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
Os livros de José Saramago estão publicados nos seguintes países: Albânia, Alemanha, Angola, Argentina, Áustria, Azerbeijão, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Colômbia, Coreia do Sul, Croácia, Cuba, Dinamarca, Egito, Emiratos Árabes Unidos, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Guatemala, Holanda, Hungria, Índia, Irão, Iraque, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Macau, Macedónia, México, Moçambique, Montenegro, Noruega, Peru, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, República Dominicana, Roménia, Rússia, Sérvia, Síria, Suécia, Suíça, Tailândia, Taiwan, Turquia, Ucrânia, Uruguai e Vietname.
Os livros de José Saramago estão traduzidos nos seguintes idiomas: albanês, alemão, árabe, azerbaijano, bengali, búlgaro, cantonês, castelhano, catalão, checo, coreano, croata (alfabeto latino), dinamarquês, eslovaco, esloveno, esperanto, euskera, farsi, finlandês (suomi), francês, georgiano, grego, hebraico, hindi, holandês, húngaro, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, malabar, malaio, mandarim, norueguês, polaco, romeno, russo, sardo, sérvio (alfabeto cirílico), sueco, tailandês, tamil, turco, ucraniano, valenciano e vietnamita.
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