De olhar atento ao que se passa ao seu redor, Salvador Coutinho, na proximidade dos seus 90 anos, volta a ser desafiado – por pensamentos e sensações – a escrever um novo livro, o seu 17º: “Esgar de frio aberto para o amanhã”. A obra tem a chancela da Idioteque.
Poeta, romancista e autor de contos, Salvador Coutinho descreve a inspiração para criar mais uma obra: “Atento ao que se passa à minha volta. Em tudo quanto me merece amor e reparo. Pelo povo de onde venho e de quem sou. Pela natureza que é casa de habitação de todos nós (a chuva, o vento, o sol, o frio, o céu, o mar e tantos outros). Colho as sensações que um mortal pode experimentar e procuro (como numa corrida de estafetas), entregar o testemunho do meu tempo ao tempo dos vindouros. Assim entendo a minha tarefa. Nos meus livros. Não é mais do que isto.”
É a 17ª obra do consagrado advogado, aclamado pela sua escrita poética disruptiva e vanguardista.
SOBRE O AUTOR
António José Salvador Coutinho, escritor e advogado, nasceu em Espinho, em 25 de setembro de 1935 e reside em Vila Nova de Famalicão desde 1944. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, enquanto trabalhador da Fábrica de Pneus Mabor.
Como trabalhador, ajudou à consciencialização democrática dos trabalhadores antes do 25 de abril e junto de vários sindicatos desenvolveu, já como advogado, ações de preparação para a cidadania (o que lhe valeu ser submetido a dois interrogatórios pela polícia política do regime de então – PIDE/DGS).
Iniciou-se na poesia e na prosa com colaborações em vários jornais, nomeadamente no Estrela do Minho (primeiro texto publicado), Estrela da Manhã, Notícias de Famalicão e Democracia do Norte. Foi criador do primeiro Suplemento Literário do Notícias de Famalicão.
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