Vamos a eleições. “O futuro exige hoje a tarefa de reabilitar a política, que é uma das formas mais altas da caridade.” São palavras do Papa Francisco. Subscrevo por inteiro.
Falar em reabilitar a política é também reconhecer que esta não anda bem. Não devemos ignorar a falta de confiança nos políticos e na política. Governar e participar nas decisões que a todos afetam é uma missão nobre. Mas só é nobre se for exercida com nobreza.
Os portugueses tem mostrado capacidade para criar riqueza. Não podemos continuar a adiar o essencial que afeta a nossa vida.
Reabilitar a política e os políticos. Tarefa fundamental para salvar a democracia dos ataques que a fragilizam. E os políticos tem-se posto a jeito. Passando a ideia de que pouco ou nada fazem para a dignificar.
Não precisamos de lembrar os (demasiados) casos de decisões de competência discutível e de aproveitamento de cargos para benefício pessoal. Têm que ser combatidos com determinação. No momento da escolha dos governantes. Os cidadãos tem que confiar que o dinheiro que com excesso de esforço tiramos do nosso bolso é usado para a todos beneficiar. São muitas as queixas fundadas de que nem sempre é assim. Ou, ainda pior, que não nos é dado o que temos direito e nos garantiram em nome da democracia.
É preciso reabilitar a política e os políticos. E isso passa por escolhermos quem saiba garantir o que temos direito e pagamos com muito esforço.
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