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Sexta-feira, 22 Novembro 2024
António Neves de Carvalho
António Neves de Carvalho
Engenheiro civil e residente da freguesia de Calendário, em Vila Nova de Famalicão.

Que me perdoem todos os “crentes”

Espero enganar-me nas minhas previsões, mas se em agosto do próximo ano, tudo estiver pronto e a funcionar em pleno, já será muito bom.

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António Neves de Carvalho
António Neves de Carvalho
Engenheiro civil e residente da freguesia de Calendário, em Vila Nova de Famalicão.

Famalicão

Depois de ter lido no final do mês de julho, nos jornais impressos que circulam no concelho, como título “Ainda não há certezas – Obras no Centro da Cidade deveriam estar concluídas em outubro”, menção esta, com origem, presume-se, no Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal, verifico agora a meados de novembro, novo título “Obras de Renovação do Centro da Cidade – Conclusão Adiada para Abril de 2022, mas Parques abrem antes do Natal”.

Na primeira afirmação que fizeram (julho), só por ignorância e falta de conhecimento, se pode dizer aquilo.

Agora, com 13 meses de prazo de obra decorrido, faltando apenas 5 para os mais de 50% de prorrogação de prazo concedido (6 meses), restam somente 150 dias.

Que me perdoem todos os “crentes”, espero enganar-me nas minhas previsões, mas se em agosto do próximo ano, tudo estiver pronto e a funcionar em pleno, já será muito bom.

Num parágrafo de uma das notícias, refere como causa do atraso, entre outras, “a falta de cadastro de várias redes infraestruturais de água, saneamento e outras”.

Volto a pedir que me perdoem os “crentes”, mas afirmo que, desde há cerca de 30 anos para cá, que todas as redes de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, então implementadas pelos Serviços Técnicos do Município, foram e são devidamente cadastradas, não sendo por isso um óbice a qualquer obra que se realize em solo do concelho, muito pelo contrário, são um elemento que faculta o bom trabalho a realizar.

Mais se pode dizer, que no caso concreto da intervenção nas Praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque, de modo a evitar conflitos e porque as redes de água já se encontravam com três décadas de utilização, foi contemplado nos projetos de execução, a sua construção integralmente nova.

Finalmente, atrevo-me a dizer, que provavelmente com um projeto urbanístico de menor complexidade, com menos “novo-riquismo”, a obra custava menos dinheiro, seria executada dentro do prazo contratado e seria muito mais útil aos seus utilizadores. Voltaria a não ficar bem com a minha consciência, se não prestasse este esclarecimento técnico aos meus concidadãos.

P.S. – Fica mais uma questão, para quem tem competência de responder.
O tempo de cura de uma estrutura de betão armado é, regulamentarmente, de um mês. O edifício central da Praça D. Maria II tem uma cobertura em betão que se encontra executada há muito mais de um mês.

Porque não retiram o escoramento precário que suporta a dita cobertura/consola? Será que a mesma se manterá estável? Aqui não será seguramente culpa das infraestruturas não cadastradas!

Nota da Direção – O autor enviou este artigo de opinião para o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO no dia 3 de dezembro, informando que, a 21 de novembro, o mesmo texto foi enviado aos jornais impressos que publicaram as notícias nele referidas, não tendo, até à data, sido publicado. Portanto, é possível que o leitor venha a encontrar este texto publicado em outros órgãos de comunicação social local.

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