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Terça-feira, 26 Novembro 2024

PSD de Famalicão reúne militantes e mostra força para os próximos desafios eleitorais

O líder da concelhia considera "muito positiva" a decisão de Luís Montenegro em afastar de vez a ideia de qualquer entendimento com o Chega.

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Famalicão

No recente plenário de militantes, que se realizou no sábado, 21 de outubro, no Museu da Fundação Castro Alves, em Bairro, e que cumpriu o objetivo de descentralização assumido pela atual comissão política, o líder do PSD de Famalicão manifestou a sua “preocupação e apreensão” em relação ao contexto de grande instabilidade internacional que decorre das guerras no Médio Oriente e na Ucrânia, mas também face aos graves problemas com que Portugal se debate em áreas como a saúde, a educação e a habitação.

A nível local, Fernando Costa reiterou a necessidade de o PSD “continuar a crescer em número de militantes e simpatizantes”, desígnio que a atual comissão política priorizou quando tomou posse, “para garantir uma mais ampla ação do partido”. No plano nacional, “os problemas estão hoje mais agravados do que em 2022”, considera o líder do PSD de Famalicão.

Fernando Costa aponta, desde logo, a área da saúde. “As urgências do Hospital de Famalicão estiveram sem especialidade de cirurgia, este sábado e domingo. Nos últimos dias, assistiu-se também a duas greves nacionais dos médicos e, um pouco por todo o país, ao encerramento de urgências hospitalares por falta de médicos. Acresce o insuficiente investimento público na área da Saúde que, entre 2016 e 2022, registou uma taxa de execução inferior a 60%”, refere o social-democrata.

“A habitação é também um dos mais sérios problemas de Portugal, agravado nos últimos 8 anos”, sublinhou Fernando Costa, notando que, “ao fim de todo este tempo, o governo de António Costa pouco mais tem para oferecer do que medidas sem qualquer execução”. A título de exemplo, lembrou a promessa de 26 mil casas em 2024 para as famílias carenciadas que o Primeiro-ministro já admitiu não conseguir cumprir.

Na educação, este é o ano em que mais professores passaram à reforma. A greve nacional de professores já realizada, num momento em que ainda faltam professores para milhares de alunos, faz antever um ano letivo em Famalicão em que serão novamente os alunos os principais prejudicados. “Infelizmente, este Governo acha normal e nem se envergonha que o ano letivo comece e acabe com falta de professores, como sempre acontece”, lamentou.

O líder do PSD de Famalicão afirmou, por isso, que os portugueses estão descontentes com este governo socialista que, ao fim de 8 anos, “apenas gere o dia-a-dia e não quer reformar o país”. “O próprio Orçamento de Estado para 2024, carregado de um aumento brutal de impostos indiretos, confirma que o PS está a fugir novamente das reformas necessárias”, argumentou.

No plano interno, especial sublinhado de concordância com a recente posição de Luís Montenegro em que afastou de vez a ideia de qualquer entendimento com o Chega. Fernando Costa frisou que vê essa decisão do líder nacional do PSD como “muito positiva”. Tal como concorda também com o anúncio de Montenegro de que, após as Europeias, independentemente do resultado, se apresentará como candidato no próximo Congresso do partido.

No final da sua intervenção, uma palavra aos militantes sobre os próximos desafios eleitorais. “Se as Europeias de 2024 assumem um contexto específico, as Autárquicas de 2025 acrescem responsabilidades e exigem ainda mais entusiamo a cada um de nós. E, como já tive oportunidade de o dizer, o principal objetivo da Coligação Mais Ação, Mais Famalicão é ganhar a Câmara Municipal, é ganhar a Assembleia Municipal e é reforçar a sua representatividade em todas as freguesias”, rematou.

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