O vereador do Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão, Paulo Folhadela, interpelou o presidente da Câmara Municipal na reunião do executivo realizada esta quinta-feira, 10 de abril, a propósito da alteração recentemente introduzida no horário das operações de carga e descarga no Mercado Municipal.
“A medida tem motivado diversas queixas por parte dos comerciantes instalados no equipamento municipal, bem como de vários consumidores, que sentem dificuldades acrescidas no acesso e funcionamento do espaço”, refere o Partido Socialista em comunicado.
Para o PS, “estas decisões têm sido tomadas de forma avulsa e sem qualquer suporte técnico ou estudo prévio que permita articular o interesse público com as legítimas expectativas dos comerciantes e dos utentes”.
Considerando o Mercado Municipal “uma âncora na malha urbana central”, O PS defende “uma visão integrada do equipamento”, afirmando que “o horário de funcionamento e, sobretudo, o de abastecimento, deve enquadrar-se num plano mais amplo de regulação do trânsito e da logística na zona central da cidade”.
O Regulamento Municipal do Mercado estipula que o abastecimento e aprovisionamento dos lugares de venda deve ocorrer antes da abertura ao público e o partido considera que “se a atual solução adotada pelos órgãos municipais não é a mais adequada, então deve ser revisto o regulamento”.
Na auscultação aos comerciantes, o partido refere que estes têm apontado como horários mais adequados dois períodos distintos: entre as 06h00 e as 10h00 da manhã, e posteriormente entre as 12h30 e as 14h00. “O PS ouviu estas propostas e deu-lhes voz na reunião de Câmara, denunciando ainda a ineficácia do novo horário e o impacto negativo no quotidiano do Mercado Municipal”, refere o partido.
O vereador Paulo Folhadela criticou a ausência de resposta por parte do executivo camarário, alertando para “a falta de estratégia e para a centralização das decisões”.
“As decisões estão a ser tomadas sem critério, sem ouvir os principais interessados, e sem estudos que sustentem as alterações implementadas. Tudo parece depender apenas da vontade de uma pessoa: Mário Passos”, afirmou Paulo Folhadela.
Em comunicado, o PS “reafirma o seu compromisso com uma gestão participada e estratégica, ouvindo quem todos os dias trabalha e frequenta o Mercado Municipal, e que respeite o interesse público e valorize este espaço enquanto motor da economia local, da identidade urbana e da vivência da cidade”.
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