Na última reunião do executivo municipal, realizada na passada quinta-feira, a proposta para aquisição de um terreno agrícola levantou polémica durante a sua discussão.
Em causa, uma proposta do pelouro de Assuntos Jurídicos e Património, liderado pelo vice-presidente da autarquia Ricardo Mendes, para a aquisição, pela Câmara de Famalicão, de um prédio rústico (um terreno agrícola), em Mouquim, pelo valor de 240.000,00 euros.
Segundo os documentos da proposta, o valor atribuído na avaliação feita pela Câmara Municipal era o de 145.279,42 euros. Ou seja, a diferença entre o valor da avaliação e o valor pelo qual o terreno seria comprado é de 94.720,58 euros.
Para os vereadores socialistas, “os números cheiraram a esturro” e, perante as acutilantes observações feitas pelo vereador do PS Paulo Folhadela, o presidente da Câmara acabou por retirar a proposta.
Mário Passos entendia que o valor de 240.000,00 euros adequado para a compra, pois continha uma indenização destinada a ressarcir prejuízos, “nomeadamente ramadas existentes no prédio de valor inestimável”.
“Não me sinto confortável para aprovar uma indeminização de mais de 90 mil euros por ‘ramadas de valor inestimável'”, referiu o vereador Paulo Folhadela, que destacou nas suas observações a inexistência de ramadas no terreno. “Damos duas, três voltas lá e não vemos as ramadas”, referiu Paulo Folhadela.
De acordo com a proposta apresentada, o terreno será destinado à nova sede da junta de freguesia “e um futuro parque para fins pedagógicos, de recreio e lazer”.
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