O PAN-Famalicão, no seguimento dos constantes apelos de ajuda e das contínuas denúncias relativas aos maus odores que ocorrem sucessivamente em Fradelos, solicitou esclarecimentos à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP-N) e à Câmara Municipal.
O partido tem conhecimento que as ocorrências são denunciadas frequentemente, em diferentes horários e dias, onde se incluem fins de semana, tendo desde sempre sido sinalizado pela população que os maus odores são provenientes de uma pecuária que aguarda autorização para aumentar a capacidade de produção.
Sobre esta questão, foram já os diversos pedidos de informação e perguntas endereçadas ao ministério competente, feitos pelo partido, que acompanha esta situação desde 2020, pelo que a concelhia do PAN não entende como é que até ao momento, e passados mais de 6 anos de denúncias, quer a DRAP-N, quer a Câmara Municipal nada tenham feito para uma verdadeira resolução do problema.
“Não fosse a situação por si só grave, é público que a Câmara Municipal além de ter licenciado a construção de um pavilhão, sem as devidas autorizações para o aumento por parte da DRAP-N e CCDR, ainda atribuiu à empresa em questão uma isenção de IMI e outras taxas, ou seja, tem compactuado com esta situação nos últimos cinco anos” refere Sandra Pimenta, porta-voz do PAN-Famalicão. [ver aqui Câmara Municipal “refém dos interesses económicos que colocam em causa a saúde das pessoas”]
A responsável acrescenta que “os fundamentos para a inação na resolução deste problema não se enquadram, a nosso ver, num quadro que se considere aceitável, atendendo quer ao tempo demasiado longo para a sua resolução, lembramos que já antes de 2016 existiam queixas que se foram agravando, quer pelo impacto extremamente negativo na saúde e bem-estar da população.”
De entre as cerca de 20 questões endereçadas ao executivo PSD/CDS, o partido pretende saber se este “considera que está em causa uma questão de saúde pública e se considera que seis anos é ou não tempo suficiente para a resolução do problema”.
O PAN refere ainda que “é necessário entender, de uma vez, por todas quais as mais-valias trazidas pela empresa em questão que se revelam mais importantes que o bem-estar físico, psicológico, social das pessoas residentes e que as priva da sua liberdade mais essencial, respirar ar limpo”.
“Seria muito importante para estas pessoas saber que a Câmara Municipal defende a sua saúde ou então que assuma de uma vez que esperam levar estas pessoas à exaustão, física e emocional e, em última análise, que abandonem as suas casas”, finaliza Sandra Pimenta.
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