O Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão veio a público questionar o presidente da Junta da União de Freguesias de Ruivães e Novais sobre desvio de dinheiro na junta que preside.
“Após vários meses sobre o sucedido é público que foi aplicada medida de coação à funcionária da Junta de freguesia da União de freguesias de Ruivães e Novais”, destacam os socialistas, acrescentando que “entendendo-se a gravidade da situação, aguardou-se por novos desenvolvimentos e sobretudo pelos esclarecimentos que são devidos à população, não apenas a uma pequena informação dada na última assembleia de freguesia como se não tivesse nada a ver com o assunto”.
“O silêncio político não apaga os prejuízos que possam ter ocorrido para a comunidade”, refere o PS em comunicado, destacando que “a situação é grave e exige-se o esclarecimento a todos os famalicenses e em especial à comunidade de Ruivães e Novais”.
Os socialistas consideram que Duarte Veiga, presidente da junta independente, mas eleito com o apoio da coligação PSD-CDS, “demonstra falta de humildade ao não esclarecer o que se passou de facto na Junta de Freguesia evitando assim assumir as suas responsabilidades políticas neste caso”.
“Um presidente de junta não tem conhecimento do dinheiro que entra e sai da Junta de Freguesia?”, questiona o PS, em comunicado divulgado esta segunda-feira, 29 de janeiro.
POLÍCIA JUDICIÁRIA INVESTIGA
Na sequência do comunicado divulgado pelo PS, o presidente da junta de Ruivães e Novais, em declarações à Lusa, revelou que o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, como avança o jornal O Minho.
Admitindo que o valor poderá ser “muito mais elevado”, Duarte Veiga refere que está a ser feito um “levantamento exaustivo”, tendo já sido determinado o levantamento do sigilo bancário.
O autarca recusa a existência de silêncio ou cumplicidade, destacando a “total colaboração” com a investigação em curso.
Refira-se que a funcionária foi despedida em inícios de 2023, após o desvio financeiro ter sido descoberto. O caso foi reportado ao Ministério Público pela Junta de Freguesia em dezembro de 2022.
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
No comunicado enviado às redações o Partido Socialista denuncia ainda uma outra situação. De acordo com os socialistas, na Assembleia de Freguesia em que ficou decidida a desagregação entre Ruivães e Novais, o presidente da junta terá tentado “impor votos de abstenção como votos a favor da coligação que representa”.
“Em plena democracia e na defesa de toda a comunidade, aguardamos que estas dúvidas sejam esclarecidas” referem os socialistas, lançando “um repto para que estes factos sejam todos cabal e publicamente esclarecidos”.
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