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Sexta-feira, 22 Novembro 2024

Pinturas sobre a obra de Goya em exposição na Casa-Museu Soledade Malvar

“Solo Goya”, patente até ao dia 11 de junho, é o título da exposição de pinturas da artista Magali Candeias.

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Famalicão

“Solo Goya” é o título da exposição da artista Magali Candeias que que pode ser visitada até ao dia 11 de junho na Galeria da Casa-Museu Soledade Malvar, na Avenida 25 de Abril, em Famalicão.

Esta mostra de obras faz parte de uma série interpretativa da obra de Goya: “The black Duchess”, de 1797. Tintas, texturas e tecidos, são retirados do seu contexto e convidados a dialogar com formas e espaços vazios para criar uma nova linguagem plástica, segundo uma visão contemporânea da obra de Goya.

Na visão da artista, a ausência de captação do mundo exterior, dá lugar a uma abstração formal, relacionando a figura soberana da pintura, com o suprematismo russo de Malevich, cujos aspetos visuais do mundo-objetivo se traduzem na figura-fundo e num “mundo não-objetivo” ligado às emoções.

“A ausência de cor surge muitas vezes através de uma cumplicidade dessa relação figura-fundo, espaços cheios/vazios, construção e desconstrução da forma e do corpo. As texturas e as misturas de tinta funcionam como um percurso estabelecido nos processos das suas experiências”, explica Magali Candeias, acrescendo que “a ironia, as destruições da quietude das coisas estabelecidas refletem-se na desconstrução do trabalho para revelar uma inscrição da forte presença da figura da duquesa, na obra de Goya”.

Para a artista, cada gesto, pode conter na ausência de elementos, um significado que convida o espetador a decifrar ou a recriar, segundo a sua própria visão.

QUEM É MAGALI CANDEIAS

Magali Candeias nasceu em França no ano de 1978. Licenciada em Artes Plásticas e mestre em Estudos Artísticos pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.

A artista explora fragmentos da sua experiência e relaciona-os com figuras históricas para que possam assumir um papel interpretativo, numa linguagem que convoca aspetos metafóricos em conceitos como a identidade, podendo as obras assumirem por vezes, uma perspetiva autobiográfica.

A interpretação é deixada ao espetador, conduzindo-o à construção de mundos imaginários percecionados através de símbolos que têm uma conexão com a mensagem “não-direta” a transmitir.

Os meios técnicos utilizados pela artista vão desde a pintura, fotografia e instalação.

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