O Grupo Parlamentar do PCP enviou ao Governo questões sobre o anunciado despedimento de 12 trabalhadores da Schnellecke Logistics, empresa de logística a operar “na sombra” da multinacional alemã Continental Mabor, sediada em Lousado, Vila Nova de Famalicão.
O partido pergunta “se o Governo tem conhecimento do despedimento coletivo em curso e quais as medidas que irá tomar para defender os postos de trabalho e os direitos desses trabalhadores?”.
A posição da concelhia do PCP é que “este despedimento é injustificado e confronta os direitos dos trabalhadores, já que, como é referido pela própria empresa, o mesmo é efetuado para salvaguardar a sua vertente lucrativa, sem qualquer pudor jurídico ou responsabilidade social”.
“A empresa chega ao desplante de referir que os grupo de 12 trabalhadores a despedir auferem salários mais elevados que os demais colegas e que, por esse motivo e com a finalidade de reduzir custos, despede os trabalhadores que ficam fora da sua linha estratégica de precarização e exploração”, refere o PCP em comunicado.
O PCP-Famalicão acrescenta que “também não compreende a atitude passiva da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), ao nada fazer para impor à empresa Schnellecke Logistics a igualdade salarial, já que esta mantém no seu quadro trabalhadores que desenvolvem as mesmas tarefas e especificidades laborais, auferindo menor remuneração do que os seus 12 colegas, todos alvo de despedimento”.
O PCP quer saber também “o tem a dizer a esta ilegalidade a principal beneficiária dos serviços da Schnellecke Logistics, a empresa Continental Mabor, do Grupo Continental?”. No entendimento do PCP, “a Continental Mabor deve exercer a sua posição de força na qualidade de contratante da Schnellecke Logistics, e esta, na sua posição de subsidiária deve parar a intenção de despedimento abusivo e ilegal”.
O partido relembra que “a Continental Mabor, por altura de 2017, entregou à Câmara Municipal de Famalicão o honorífico ‘Diploma de Mérito’ pela colaboração desenvolvida ao longo dos anos e as palavras de agradecimento do então presidente, Paulo Cunha, que referindo-se ao Grupo Continental ITA, disse: É um grupo empresarial sólido, consistente e socialmente responsável”.
Nesse sentido, o partido refere que “a Continental Mabor só poderá provar que é socialmente responsável se fizer reverter este despedimento dos 12 trabalhadores”.
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