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Vila Nova de Famalicão
Domingo, 9 Março 2025

Paulo Cunha assinou comunicado do PSD “criado” pelo diretor de comunicação do Governo

Documento assinado pelo ex-autarca de Famalicão terá sido escrito no gabinete do primeiro-ministro.

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Famalicão

O famalicense Paulo Cunha, eurodeputado e presidente da comissão política distrital de Braga do PSD, saltou para a ribalta política nacional nesta Quarta-Feira de Cinzas ao assumir-se como um dos primeiros defensores do presidente do partido, Luís Montenegro, que tem estado debaixo de fogo por causa da sua empresa familiar.

Montenegrista desde a primeira hora, Paulo Cunha escolheu a rede X para expressar o seu “total apoio ao Luís Montenegro”, que considerou um primeiro-ministro “idóneo” e “exemplar”.

O antigo autarca de Vila Nova de Famalicão não ficou por aí e fez questão de ser o primeiro subscritor de um comunicado enviado aos meios de comunicação, que foi subscrito por todas as estruturas distritais e regionais do PSD.

O problema, segundo noticia o jornal “Expresso”, é que o documento digital em formato PDF que foi enviado esta manhã para as redações dos meios de comunicação com uma manifestação de apoio das bases do PSD ao seu líder, Luís Montenegro, “tem como ‘autor’ o diretor de comunicação do gabinete do primeiro-ministro”.

De acordo com o jornal fundado por Pinto Balsemão, militante nº 1 do PSD, “a informação é encontrada numa consulta rápida nas propriedades do documento”, como a imagem demonstra.

Imagem do documento PDF enviado aos meios de comunicação indicando a autoria do documento

Em declarações ao “Expresso”, o diretor de comunicação do gabinete do primeiro-ministro, Pedro Esteves, confirma que o seu nome aparece na autoria do documento, justificando isso com o facto de ter “recebido o documento, de Paulo Cunha, em Word, e o ter convertido para PDF, e enviado para os serviços do PSD, para depois ser enviado por email”. O comunicado foi enviado para as redações pelo gabinete de imprensa do PSD.

O comunicado, que surgiu no dia em que o Parlamento discute uma moção de censura ao Governo, põe as estruturas distritais e regionais do PSD a saírem em defesa de Luís Montenegro, que é simultaneamente líder do PSD e primeiro-ministro.

“Temos um primeiro-ministro que, mais que idóneo, é exemplar na forma como se submete ao escrutínio público, na forma como presta contas ao país com total transparência, respeita as regras que regulam o conflito de interesses, pelo que expressamos o nosso total apoio ao primeiro-ministro Luís Montenegro e ao Governo que lidera”, lê-se num comunicado “unânime” das comissões políticas regionais dos Açores e da Madeira e distritais do território continental, tomando, assim, uma posição pública acerca da situação política nacional.

Além da defesa de caráter, as estruturas do partido enaltecem várias medidas do Governo: “É tanto consensual como factual que a chegada de Luís Montenegro ao Governo foi sinónimo de melhoria, não só nos indicadores, como na vida das pessoas. Pacificaram-se relações sociais, valorizaram-se carreiras e remunerações, os cidadãos ganharam melhores serviços públicos. Jovens e seniores viram as suas especificidades ser valorizadas. Há mais justiça social e compromisso intergeracional, enquanto a economia cresce, a dívida baixa, há menos desemprego, os portugueses pagam menos impostos e a imagem externa do país melhora.”

As estruturas do PSD criticam ainda a “gravíssima irresponsabilidade da oposição perante o contexto geopolítico global que vivemos” e defendem que “é decisivo para as populações, que este governo continue focado nos reais problemas dos portugueses”.

E, citados pelo “Expresso”, acrescentam: “À falta de razões para atacar as políticas, ataca-se o político. Duas moções de censura num espaço de cerca de 15 dias, apresentadas pela extrema-esquerda e pela extrema-direita, a que acresce a ameaça de uma comissão parlamentar de inquérito feita pelo Partido Socialista, são sinais de uma gravíssima irresponsabilidade da oposição perante o contexto geopolítico global que vivemos.”

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