“Aquele que é o maior investimento municipal na área da cultura fora da cidade, arrisca-se a virar um elefante branco por pura falta de vontade da Câmara de Famalicão”. Essa é a opinião do Partido Socialista num comunicado enviado às redações após a sessão inaugural da programação do Teatro Narciso Ferreira no último sábado, 26 de março, depois de obras de reabilitação no valor de 3,5 milhões de euros.
Eduardo Oliveira, vereador e líder do PS-Famalicão, refere que esteve na sessão inaugural e ficou “muito dececionado”. Para o vereador socialista, “com toda a sua imponência e história, o Teatro Narciso Ferreira merecia mais e os ribadavenses (e todos os famalicenses) mereciam melhor que o filme do Batman como programação inaugural”.
“Primeiro foi a ‘inauguração’ aparatosa, sem que tudo estivesse pronto, no dia 10 de setembro, nas vésperas das eleições autárquicas. Depois, o silêncio e a inação. Se não fossem as sucessivas insistências do Partido Socialista parece que o Teatro Narciso Ferreira – uma obra de milhões – iria continuar de portas fechadas”, destaca Eduardo Oliveira.
O vereador destaca que “foi o PS a denunciar que, meses depois da inauguração, o Teatro Narciso Ferreira ainda continuava a ser alimentado por eletricidade provisória (baixada da obra), sem vistoria das autoridades para poder funcionar, etc.”.
Sobre o logotipo conjunto para Casa das Artes e o Teatro Narciso Ferreira recentemente anunciado pela Câmara Municipal, Eduardo Oliveira considera ser uma forma de “atirar areia aos olhos dos mais distraídos”. O vereador usa como exemplo o site da Casa das Artes onde “todos os conteúdos e imagens são exclusivamente sobre a Casa das Artes”.
“Além da logotipo não há mais nada sobre o Teatro Narciso Ferreira. Não há programação, não há informação sobre o espaço, não há contactos, não há localização, não há fotografias, não há nada”, salienta o vereador.
Eduardo Oliveira afirma que o Partido Socialista não ficará “de braços cruzados a ver a Câmara de Famalicão gastar dinheiro em betão e a não investir em qualidade para a população”.
“Os famalicenses merecem mais que migalhas, queremos uma programação cultural de qualidade e diversificada não apenas com que é produzido no país e no mundo, mas também abrir o equipamento à comunidade, proporcionando espaço para artistas e instituições famalicenses”, referiu o vereador socialista.
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