O vereador do Partido Socialista Eduardo Oliveira aproveitou a última reunião do Executivo Municipal, realizada em 24 de fevereiro, para manifestar o seu “desagrado e preocupação com uma notícia dando conta de uma interferência intolerável do gabinete de comunicação municipal no Jornal de Famalicão – o meio de comunicação mais antigo do concelho”.
Eduardo Oliveira considera que “o relato produzido pelo Jornal de Famalicão, nunca desmentido pela Câmara Municipal, é muito grave, ao atribuir ao diretor de imprensa municipal a seguinte frase: ‘Vocês não publicam o que eu quero, logo eu também tenho que me reservar o direito de ter opções de gestão sobre a publicidade da autarquia’”.
O vereador acrescenta ainda que, segundo o Jornal de Famalicão, “cessaram as pressões diretas, mas começaram os cortes na publicidade, fundamental para a sobrevivência de um meio de comunicação que divulga as atividades municipais e da sociedade famalicense e cujo trabalho é importantíssimo para a informação, para a memória coletiva e para a nossa história”.
“O Jornal de Famalicão – assim como outros jornais famalicenses inscritos na ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social) – foi impedido de concorrer ao ‘bolo publicitário’ para 2022, provocando uma situação de desigualdade que é inaceitável”, alerta Eduardo Oliveira.
O vereador afirma que, “na sua resposta, o presidente da Câmara, Mário Passos, confirmou que está ao corrente de tudo e confirmou, também, que defende estas desigualdades, chegando a afirmar, numa alusão à exclusão do Jornal de Famalicão da possibilidade de concorrer, que o Município decidiu cortar nas chamadas gorduras”.
“A Câmara Municipal de Famalicão deve ser um exemplo de equidade, de igualdade e de imparcialidade. E não pode prejudicar jornais só porque o seu presidente não gosta que se publiquem notícias ou opiniões que não lhe agradam”, frisa Eduardo Oliveira.
Recorde-se que o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO noticiou, na passada sexta-feira, que já terminou o prazo do concurso para publicidade institucional do Município de Famalicão nos meios de comunicação social local.
Mário Passos destinou para publicidade institucional um montante maior do que Paulo Cunha. O valor global do concurso é maior e há menos lotes a concurso.
O NOTÍCIAS DE FAMALICÃO ficou fora do “bolo publicitário” uma vez que a Câmara de Famalicão alega que não faz publicidade em órgãos de comunicação social digitais. Uma situação que não corresponde à realidade. Uma simples visita a alguns sites de meios de comunicação comprova isso.
“O Partido Socialista estará sempre na primeira linha a defender a liberdade de imprensa e a independência dos meios de comunicação, porque considera que a sua liberdade e o seu profissionalismo são fundamentais para uma sociedade famalicenses livre e desenvolvida”, afirma Eduardo Oliveira.
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