O Partido Socialista (PS) de Vila Nova de Famalicão reuniu dezenas de militantes e simpatizantes no jantar comemorativo dos 51 anos do 25 de abril, que decorreu na passada sexta-feira. Num ambiente de celebração e reflexão, o espírito de abril foi invocado como inspiração para o presente e futuro do concelho e do país.
O momento contou com discursos de Eduardo Oliveira, candidato do PS à presidência da Câmara Municipal de Famalicão, Sandra Sousa Lopes, vice-presidente concelhia socialista de Famalicão e candidata à junta de freguesia de Lousado, Frederico Sá, candidato à junta de freguesia de Arnoso Santa Maria, Santa Eulália e Sezures, e Álvaro Beleza, militante socialista.
“Celebrar abril é mais do que lembrar um dia histórico – é honrar uma conquista que nos cabe continuar. Aqui, o espírito de abril não vive apenas nos livros ou nas memórias distantes. Vive nos gestos concretos da comunidade – em cada associação que resiste, em cada porta que se abre, em cada vizinho que ajuda o outro. Vive na nossa capacidade de nos unirmos mesmo quando somos diferentes, na vontade de construir em conjunto”, afirmou Frederico Sá. Num discurso emotivo, destacou a importância de perpetuar o espírito revolucionário de abril: “A liberdade não é tranquila. É vibrante, exigente, barulhenta”. “A democracia não é um dado adquirido – é uma construção diária, feita de memória, coragem, compromisso e futuro”.
Já Álvaro Beleza destacou a importância de “sermos livres” e de um Portugal “colorido, jovem e com futuro para todos”. Defendeu ainda um Partido Socialista “moderado” e reconheceu em Eduardo Oliveira o “compromisso de ser o motor da mudança que o concelho precisa”, acreditando veemente que “será o próximo presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão”.
Eduardo Oliveira sublinhou a atualidade dos ideais de abril e “a urgência da mudança em Famalicão”, através da “conquista de um tempo novo, que só o PS pode corporizar, com mais saúde, mais habitação acessível, mais justiça social, mais educação, mais transparência e serviços públicos que sirvam efetivamente as pessoas”. Num discurso onde evocou as palavras de Sophia de Mello Breyner e Ary dos Santos, o candidato socialista à Câmara de Famalicão reafirmou o compromisso com uma política de proximidade, transparência, rigor e combate à desigualdade, apelando a uma campanha assente no trabalho, humildade e empatia.
Por fim, Sandra Sousa Lopes recordou o 25 de abril como “o mais belo de todos os dias”, sublinhando que a revolução “não foi um fim, mas um começo. Uma porta entreaberta para um país mais justo, mais plural, mais humano”. Alertou, no entanto, para os perigos do esquecimento e da complacência, reafirmando que a liberdade exige compromisso diário e questionando: “Onde está a plena liberdade, se não há igualdade de oportunidades? Se os jovens não conseguem sonhar com um futuro melhor? Se há quem ainda viva no silêncio da pobreza, na sombra da exclusão? Se há quem incentive ao odio e à discriminação?”. Defendeu também que “construir abril é também criar melhores escolas, mais creches, mais lares e mais emprego”. No seu apelo final, convocou todos – “esquerda e direita, jovens e velhos” – a continuar a revolução com diálogo, tolerância e confiança no povo.
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