O PAN Vila Nova de Famalicão tornou público o seu programa eleitoral, através das redes sociais do partido. O programa aborda o concelho de uma forma integrada, onde Pessoas Animais e Natureza se unem numa visão ecocêntrica e que as políticas implementadas “perspetivam a saúde humana e a saúde do planeta como duas faces de uma mesma moeda e afirmando que só com uma visão integrada poderemos alcançar aquilo que comummente chamamos de qualidade de vida ou de “bem viver”. O programa é dividido em 4 grandes eixos: Ambiente, Efetivar os Direitos Humanos, Proteção e Bem-estar Animal e Administração Municipal.
É possível consultar o programa na íntegra aqui.
“Este é um programa que representa a nossa visão para Famalicão, e sendo este um concelho extremamente industrializado, um dos principais fatores na emissão de gases de efeitos de estufa, torna-se fundamental uma ação rápida e incisiva a nível municipal na diminuição de gases de efeito de estufa. Desde logo, através das nossas medidas de soberania energética, onde defendemos a autonomização energética municipal, promovendo a instalação de fontes de energia limpa em edifícios públicos do município” refere Sandra Pimenta, candidata à Câmara Municipal.
O partido propõe-se ainda elaborar e executar planos de gestão do nosso património florestal, para que a floresta possa eficazmente alojar os ecossistemas do nosso concelho, garantindo a sua continuidade e a preservação da sua biodiversidade, através da realização de censos populacionais caracterizadores da nossa fauna, e também apostando na criação de corredores ecológicos que garantam a travessia segura de animais entre áreas florestais do concelho, evitando assim o seu atropelamento.
Ainda sobre o ambiente, temos como bandeira a despoluição e renaturalização do Rio Pelhe, “porque um rio famalicense que nasce limpo continua a desaguar como um esgoto”, lembra a candidata, comprometendo-se por isso a criar um programa de recuperação do rio Pelhe.
Estas são algumas das medidas da concelhia famalicense do PAN no que diz respeito à proteção ambiental, que na sua visão tem sido negligenciada por parte dos sucessivos executivos. O programa do partido é ainda caracterizado pela forte componente social, a qual constitui o segundo eixo.
O PAN considera que, da saúde à educação, à habitação e serviços públicos estas áreas devem ser parte de uma estratégia única que sirva de base à garantia de que os direitos humanos sejam protegidos e respeitados. As autarquias locais (município e freguesias) têm um papel fundamental na proteção e promoção dos direitos humanos, com uma responsabilidade acrescida pela descentralização em curso.
“Nós, intervenientes políticos devemos criar e garantir políticas que garantam o bem-estar e proteção das pessoas em situação vulnerável, ampliando o raio de ação da câmara municipal na criação de casas abrigo, ou até mesmo alojamento de emergência para pessoas em situação de sem abrigo ou vítimas de violência doméstica. Mas a inclusão não é só isto, é também garantir e fazer da câmara um regulador do mercado habitacional, criando uma verba no Orçamento Municipal alocada ao Arrendamento Jovem e Famílias Monoparentais, ou até mesmo através da reabilitação de edifícios devolutos do concelho que possam ser adquiridos por parte da câmara municipal” defende Sandra Pimenta
Na saúde, o partido pretende atuar na área da medicina preventiva, garantindo o acesso a nutricionistas e psicólogos à população famalicense, através da presença de nutricionista em todas as Unidades de Saúde Familiar pelo menos uma vez por semana, integração de psicólogos nas unidades de saúde de cuidados primários e criar equipas de profissionais de intervenção em crise psicossocial, garantindo respostas eficazes no combate a psicopatologias a toda a população.
Outro dos eixos presentes no programa do PAN-Famalicão é a proteção e bem-estar animal, e sendo este um partido animalista na sua génese, torna-se importante ver estas medidas concretizadas no próximo mandato autárquico.
O eixo final do programa autárquico da concelhia é Administração do Município e Gestão do território, onde o partido formula quais as principais reformas a implementar nos mecanismos de gestão do município, e qual a sua visão para que a governação possa ocorrer de forma mais coesa e transparente.
“Este foi um programa construído por todos os membros da concelhia famalicense do partido, associações locais, importantíssimas em todo o trabalho que realizam em conjunto com a comunidade, grupos de cidadãos, cidadãos independentes, empresas locais”, finalizou Sandra Pimenta, porta-voz da concelhia e candidata à Câmara Municipal.
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