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Vila Nova de Famalicão
Sábado, 23 Novembro 2024

PAN aponta “falhas incompreensíveis” no novo canil municipal de Famalicão

Partido visitou o espaço inaugurado no ano passado e que implicou um investimento de mais de meio milhão de euros.

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Famalicão

Na passada segunda-feira o PAN-Famalicão visitou o Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA), em Vila Nova de Famalicão.

Na visita guiada às instalações, realizada pela médica veterinária Fidélia Aboim e por um dos colaboradores, Paulo Lopes, “foi possível aferir da dinâmica diária do funcionamento do CROA e as necessidades que ainda persistem em matéria de respostas de prevenção com vista a atenuar a pressão diária a que estes profissionais estão sujeitos” refere Sandra Pimenta, líder do PAN-Famalicão.

“As instalações que foram inauguradas em setembro do ano passado e cujo valor ascende a mais de meio milhão de euros, com várias correções orçamentais, revelam-se, um projeto com pouca ambição e visão no que concerne ao bem-estar animal”, considera Sandra Pimenta.

A responsável acrescenta que “quando visitamos instalações criadas de raiz e estas não garantem que todos os animais tenham acesso ao exterior, é, no nosso entender, desde logo uma falha grave. Os animais de companhia são seres sociais, aliás como quase todos, e verificar que não existiu o mínimo de sensibilidade para esse facto na elaboração de um projeto, comprometendo a própria perceção que o animal tenha do meio envolvente, é de lamentar”.

O partido salienta outras “falhas incompreensíveis”, nomeadamente, os acabamentos da própria estrutura, a inexistência de painéis fotovoltaicos para garantir independência energética e o facto de passados seis meses da inauguração, o espaço exterior ainda não tenha condições para que os animais possam circular livremente, “atendendo que só agora se procedeu à sementeira da relva, ora, lembra o partido que existem soluções mais rápidas, nomeadamente tapetes de relva prontos a serem colocados”.

Relativamente aos programas CED (Capturar-Esterilizar-Devolver), o partido lembra que desde a publicação da Lei 27/2016, de 23 de agosto, que a “autarquia deveria ter diligenciado para proceder às adaptações necessárias e implementar estes programas para gatos em todo o concelho, algo que só recentemente iniciou e muito timidamente”.

No recente conjunto de medidas enviadas à Câmara Municipal o partido reforçou o que considera prioritário em matéria de proteção e bem-estar animal onde se assinala a criação da figura do Provedor Municipal dos Animais, a realização de campanhas de esterilização, com caráter frequente, mas também a isenção do pagamento das taxas de licenciamento anual dos animais esterilizados e a realização de campanhas de identificação eletrónica dos animais de companhia, dotando, igualmente,  as diferentes forças policiais de atuação municipal e associações zoófilas de leitores de microchip.

Existem outras realidades que, para Sandra Pimenta, é fundamental trabalhar, “é urgente identificar os pontos problemáticos de cada freguesia no que diz respeito à acumulação de animais. Para nós seria essencial a criação de um grupo de trabalho para a elaboração de um manual de procedimentos para as situações de perturbação de acumulação de animais, vulgarmente chamado de Síndrome de Noé”.

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