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Quinta-feira, 5 Dezembro 2024

PAN acusa Mário Passos de “arrogância” e “tentar passar um atestado de estupidez” aos famalicenses

Partido afirma que presidente da Câmara não está a "cumprir com a palavra" e que autarquia deve prestar "um cabal esclarecimento".

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Famalicão

O PAN-Famalicão considera que “o executivo PSD/CDS deve um cabal esclarecimento aos famalicenses” relativamente à decisão de alteração da Unidade de Execução na área envolvente ao Palácio de Justiça de Famalicão.

“Em 2022, e após várias propostas enviadas, aquando da consulta pública, quer pela comunidade famalicense, quer pelo partido PAN, a Câmara Municipal deliberou que a parcela B do terreno em causa, onde agora é anunciado a abertura de mais um hipermercado, deixaria de ter uso exclusivo para comércio, algo reivindicado nas participações”, afirma o PAN em comunicado.

“Isto é grave e incompreensível”, refere Sandra Pimenta, destacando que o concelho tem “graves problemas de acesso à habitação” e, por isso, na altura foi sugerido “que esta zona, a construir, deveria focar a habitação a custo acessível, mas além de não aceitarem as nossas propostas, ainda contrariam o deliberado na altura”. [ver notícia Famalicenses queriam mais habitação e menos comércio à volta do tribunal de Famalicão].

Para a porta-voz da concelhia do PAN, Sandra Pimenta, esta situação revela que as consultas públicas “não passam de um tapar de olhos sobre um suposto interesse desta maioria de direita em ouvir a população famalicense”.

Neste sentido, o PAN entende “ser necessário que o executivo preste um cabal esclarecimento sobre os fundamentos desta alteração”. Sandra Pimenta considera que as recentes declarações de Mário Passos, presidente da Câmara Municipal são de “uma arrogância total”.

“O presidente Mário Passos, além de não cumprir com a palavra, ainda vem tentar passar um atestado de estupidez às pessoas, dizendo que estas ‘estão a ter dificuldade em acompanhar o desenvolvimento’”, salienta Sandra Pimenta.

“Pedir a participação dos famalicenses nesta discussão pública, alegadamente reconhecer o valor das suas sugestões e acabar por fazer tábua-rasa das mesmas é alimentar a descrença nas instituições, passar um atestado de menoridade aos famalicenses, promover frustrações e alimentar a onda crescente de populismo que varre o país. É um mau trabalho para o concelho e corrói a democracia local”, afirma Sandra Pimenta.

O partido recorda ainda que a 29 de janeiro já tinha endereçado um ofício a solicitar esclarecimentos e que “até ao momento não recebeu qualquer resposta”.

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