Somos um país que olha os outros pela raça? Absolutamente não! Razões históricas e culturais deram-nos essa qualidade. Sempre recebemos, vivemos e deixamos viver e trabalhar em igualdade com todos nós.
Porque fomos um país com colónias sul-americanas, africanas e asiáticas. Porque sempre fomos um país que deu “mundos ao mundo” (Luís de Camões). Porque sempre fomos um país de emigrantes. Porque muitos destes emigrantes sofreram esse estigma nos países para onde foram trabalhar, sobretudo nos anos 60, para fugir à guerra e à degradação da vida de um país sem futuro.
Sabendo-se que nos dias de hoje (lamentavelmente) têm sentido também na pele o facto de serem emigrantes. Como apurou recente estudo sobre os portugueses no Luxemburgo, onde são 15 por cento da população.
“[Os imigrantes] têm direito à sua existência e são pessoas como nós”. Afirmação de manifestantes no último fim-de-semana em Lisboa. Outra manifestação de um grupo anti-imigração sinalizava o presidente da câmara Carlos Moedas por “ser casado com uma marroquina”. Não se lembraram de incluir o nosso (ainda) primeiro-ministro António Costa que afirma orgulhar-se da sua origem indiana (seu pai).
Os imigrantes representam já 7,5 por cento da população. E há em análise mais de cem mil pedidos. E prevê-se que o número continue a crescer. O resultado do relatório anual do Observatório das Migrações é revelador. Os imigrantes têm uma taxa de atividade mais alta do que os portugueses.
Por todas estas razões e outras, temos o dever de acolher (muito) bem os imigrantes!”
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