Tromba de água que caiu sobre a cidade, acompanhada de uma chuva fortíssima e de granizo, que chegou a inundar algumas casas da Praça 9 de Abril e a Rua Barão da Trovisqueira, impedindo o trânsito e quebrando alguns vidros nas moradias em 20 de Maio de 1927, uma sexta-feira pelas 14 horas, tendo chovido abundantemente nos dias seguintes.
No dia 2 de Junho do mesmo ano, uma quinta-feira outra grande descarga de chuva e grosso granizo voltou a cair na Cidade e arredores. A Rua Barão da Trovisqueira era como um rio, toda coberta de água até aos passeios.
(Informação retirada do Jornal Estrela do Minho)
A foto acima ilustra bem o que pode acontecer no centro da nossa cidade. Vila Nova de Famalicão fica num lugar fundo ao qual vêm ter várias linhas de água entre elas o rio da Bóca que nasce em Brufe e vai desaguar no rio Pelhe junto do fundo da feira.
As minhas memórias lembram as várias inundações na Praça 9 de Abril, na Rua de Santo António e na Rua Barão da Trovisqueira provocadas por esse rio. Nos finais dos anos cinquenta do século passado assisti às cheias que chegaram a inundar o chão da Igreja Matriz Velha.
Na parte baixa da Praça 9 de Abril, quando a água atingia a altura das montras os moradores abriam todas as portas para que a água seguisse para os quintais o que hoje não é possível porque esses quintais estão ocupados por edifícios com caves e vários pisos em altura.
No presente, na Praça 9 de Abril o seu formoso jardim deu lugar ao cimento, bem como as Ruas de Santo António, Barão da Trovisqueira e a Alameda Camões, todo solo está impermeabilizado com novas construções com caves de um e dois pisos.
Actualmente, quando há muita chuva os moradores são alertados primeiramente pelos cheiros nauseabundos das condutas de saneamento para logo surgir o saltar das tampas das águas pluviais.
Devemos ter todos os cuidados com a urbanização na parte sul da cidade e isso é o que não parece estar a suceder com a prevista urbanização a sul do Parque do Vinhal por onde corre o rio da Bóca, actualmente sem quaisquer acções de limpeza e desobstrução.
É preciso não esquecer o exemplo de Valência (Espanha).
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