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Quinta-feira, 26 Dezembro 2024
Rui Gomes
Rui Gomes
Natural do Porto, Rui Gomes vive em Famalicão "desde sempre". É diretor de operações e logística, formado em Gestão de Sistemas de Informação e Multimédia, pelo ISLA, em Gaia. É secretário do Grupo de Coordenação Local da Iniciativa Liberal em Famalicão. Gosta de ler e ouvir música para ocupar os tempos livres, além de escrever… de vez em quando.

O que esperar desta legislatura?

A birra do Chega, a ingenuidade do PSD e o desempenho da IL.

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Rui Gomes
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Natural do Porto, Rui Gomes vive em Famalicão "desde sempre". É diretor de operações e logística, formado em Gestão de Sistemas de Informação e Multimédia, pelo ISLA, em Gaia. É secretário do Grupo de Coordenação Local da Iniciativa Liberal em Famalicão. Gosta de ler e ouvir música para ocupar os tempos livres, além de escrever… de vez em quando.

Famalicão

No momento em que escrevo estas linhas, ainda não é público qual o elenco governativo escolhido por Luís Montenegro. Foi até agora, o primeiro-ministro indigitado mais eficaz em esconder a lista dos escolhidos. Deixo aqui a sugestão que o mesmo ministre umas palestras no Ministério Público sobre essa arte.

Sobre a legislatura iniciada a 26 de março, dois ou três pensamentos me assolam o espírito, a saber.

O primeiro é sobre o primeiro ato institucional, depois de constituída uma mesa provisória para condução dos trabalhos, ou seja, a eleição do Presidente da Assembleia da República, de agora em dante designado PAR.

Segundo consta, o PSD (partido com o maior número de votos, embora que com o mesmo número de mandatos) indicou aos três restantes partidos mais votados (PS, Chega e IL), o nome que iria propor para PAR e que aceitaria os nomes propostos por esses mesmo três partidos.

Ora, o Chega, como lhe convinha ter protagonismo e aparecer a berrar nas TV, fez saber através do seu líder André Ventura, que eles e o PSD haviam chegado a um acordo. Enfim, o resto já todos sabemos, uma birra e um ajuste de contas depois, deu na não eleição de José Pedro Aguiar-Branco, o nome proposto pelo PSD.

A bem da democracia a solução foi encontrada mais tarde, entre PSD e PS, na minha opinião, até uma óptima solução, visto que os dois partidos têm o mesmo número de mandatos na AR.

O segundo é sobre a ingenuidade do PSD em pensar que o Chega se iria comportar como um partido responsável e institucional. Aprendeu da pior maneira mas tem mesmo de mudar a sua forma de actuar com um partido irresponsável e instável. Proponho que a partir de agora, todos os acordos, escritos ou não, sejam feitos sempre em público, com pessoas fora dos partidos a assistir, não vá o diabo tecê-las.

O terceiro é sobre o resultado do meu partido, a IL. Claramente, não atingimos os objetivos a que nos propusemos. Penso que se deveriam ter retirado conclusões mais sérias do desempenho do partido mas também entendo, que sendo estas umas eleições a meio da anterior legislatura e em que Rui Rocha, tinha pouco tempo de presidência, possam estas razões serem assumidas como atenuantes.

Desejo sinceramente que este Governo que vai entrar em funções e a nova AR consigam trabalhar em prol do país e que a IL consiga de facto, influenciar a governação pois só assim, Portugal pode mudar e para melhor!

 

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