Num mundo que parece girar cada vez mais rápido, onde as luzes dos ecrãs competem com as luzes natalinas e os horários apertados roubam o tempo para o essencial, somos convidados neste Natal, a refletir sobre o verdadeiro significado de “estar presente”.
Na corrida das compras de presentes de última hora, das listas intermináveis de desejos a essência do Natal por vezes perde-se. Esquecemo-nos que a magia não está nos presentes que oferecemos, mas nos momentos partilhados com quem amamos.
Os melhores presentes não se compram, e o tempo é o mais valioso deles. Estar presente de corpo e alma é um gesto que transcende qualquer objeto. É sentar-se à mesa sem pressa, ouvir com atenção os outros, rir a recordar memórias antigas ou simplesmente estar em silêncio em boa companhia.
Na era digital a presença física e emocional tornou-se um luxo. Muitos trocam conversas profundas por mensagens rápidas, esquecem-se de saborear a companhia à mesa. No entanto, o verdadeiro espírito do Natal lembra-nos que o mais importante é a conexão humana, aquela que só se fortalece quando nos permitimos que estamos ali com o coração aberto.
Neste Natal que tal inverter a lógica? Em vez de se perguntar “o que vou dar?” pergunte “como posso estar?”. Talvez o maior presente para o seu filho seja atenção completa a ouvir as suas histórias. Para a sua mãe/ pai ou até mesmo um amigo, um abraço demorado pode significar mais do que qualquer outro presente. E para você mesmo, talvez seja oportunidade de desacelerar e sentir o presente, pois os momentos únicos nunca se repetem.
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