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Segunda-feira, 7 Abril 2025
Rui Lima
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Licenciado em Gestão de Marketing, Rui Lima é um empresário famalicense e escreve sobre temas da atualidade.

O baixar da bitola

O que antes era um escândalo (falta de ética), o PSD tenta normalizar o anormal e manipular a opinião pública que afinal a falta de ética não é grave porque não há crime.

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Rui Lima
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Licenciado em Gestão de Marketing, Rui Lima é um empresário famalicense e escreve sobre temas da atualidade.

Famalicão

ÉTICA. Começo este artigo de opinião com esta palavra que para mim é uma orientação, um sinónimo de integridade, idoneidade, rigor e profissionalismo.

Sabemos que esta palavra é estranha e já não faz parte do PSD.

Digo mesmo que o PSD desceu a “bitola” de critérios e de qualidade para escolher quem o irá representar nas futuras eleições.

Se Luís Montenegro foi o primeiro a dar o exemplo que a falta de ética não é um problema, estava mais que visto que não sendo um problema para o líder do partido, também não seria problema para ninguém.

Vou dar um exemplo simples, soubemos que na lista do partido nas próximas legislativas, volta o nome do Hernâni Dias, ex-Secretário de Estado da Administração Local, que se demitiu depois de admitir que fundou duas imobiliárias para ganhar vantagem na aprovação da lei dos solos.

Sem dúvida que Luís Montenegro deu um prémio a Hernâni Dias por ter assumido culpa do esquema, mas também uma constatação do inevitável (se o primeiro-ministro pode, podemos todos).

Haja paciência para esta podridão e onde a falta de princípios impera.

Ai, ai (suspiro), o que dizer de um partido onde a bitola para pertencer a uma lista é tão baixa.

Com o baixar da bitola, desce também a credibilidade do partido, a descrença dos cidadão na política e claro que ouvimos: “é tudo a mesma coisa”.

O que antes era um escândalo (falta de ética), o PSD tenta normalizar o anormal e manipular a opinião pública que afinal a falta de ética não é grave porque não há crime.

Humm pois, mas para mim e para muitos portugueses não é assim!

Todos sabemos de casos na política, numa câmara ou mesmo numa empresa, por vezes a ética e a meritocracia são apenas termos que se usam em reuniões.

Afinal com que regras de princípio a sociedade se deve reger?

Ser correto, seguir boas regras de conduta e de esforço na vida ainda valem a pena?

A esta pergunta o PSD diz que não!

Eu digo que sim, sim, sim e sim vale a pena porque é aqui que começa o sentimento de conquista e o princípio básico duma sociedade.

Quem não está na política com um interesse coletivo tem de ser afastado pela força do nosso voto.

Se os portugueses votarem no PSD nas próximas eleições, estão a ser cúmplices desta forma de estar na vida.

A ética jamais pode ser um detalhe esquecido, mas sim o alicerce de qualquer projeto ou evolução de carreira.

Portugal merece mais e quem não esta à altura deve sair.

 

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