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Vila Nova de Famalicão
Sábado, 28 Dezembro 2024

Mário Passos é criticado pela destruição de Santa Catarina e replanta árvores abatidas na cidade

Acossado por críticas de ambientalistas por causa da destruição do monte de Santa Catarina, Mário Passos replanta árvores abatidas na cidade.

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Famalicão

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão replantou uma boa parte das árvores que tinham sido abatidas na Rua de Adolfo Casais Monteiro, na zona escolar, e na Rua do Senador Sousa Fernandes, de acesso à Rotunda de Santo António.

Rua do Senador Sousa Fernandes com novas árvores. Fotografia NOTÍCIAS DE FAMALICÃO

Na Rua de Adolfo Casais Monteiro, a autarquia replantou cinco das árvores que tinha sido abatidas e fez um arranjo nos passeios, tendo criado um corredor em terra, com cerca de meio metro de largura no alinhamento das árvores que já existiam, em frente ao edifício de habitação social ali existente. Na Rua do Senador Sousa Fernandes foram replantadas seis árvores, um número inferior aos exemplares arbóreos que existiam naquela artéria.

Ali próximo, na Rotunda de Santo António, também desapareceram quatro laranjeiras que existiam no triângulo central das quatro vias que confluem para a rotunda, não tendo sido feita nenhuma replantação.

Entretanto, as árvores foram replantadas nas Ruas de Adolfo Casais Monteiro e do Senador Sousa Fernandes numa altura em que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, e o seu presidente Mário Passos, têm recebido muitas críticas de setores ambientalistas do concelho.

SANDRA PIMENTA QUESTIONA AUTARCA

Na última reunião da Assembleia Municipal, a líder do (PAN) Pessoas Animais Natureza em Vila Nova de Famalicão, Sandra Pimenta, assumiu o seu papel de cidadã para intervir já de madrugada, uma vez que o público só consegue falar no final do debate da agenda de trabalhos. E Sandra Pimenta voltou a referir-se “ao crime” do abate de árvores junto ao monte de Santa Catarina, para a instalação de uma empresa de produção de energia através de painéis fotovoltaicos.

Para Sandra Pimenta, a destruição do ecoSsistema do monte de Santa Catarina configura “um crime” ambiental. Fotografia DR/PAN

Sandra Pimenta reiterou que irá utilizar “cada ferramenta ou instrumento legal” para dizer que exige “um concelho onde se possa viver com qualidade de vida”.

Lembrando que a Câmara Municipal não é uma “entidade privada” e que, sendo pública, “deve satisfações à população”, Sandra Pimenta – que nunca obtém respostas sobre as questões que tem colocado à Câmara Municipal –, deixou mais duas questões dirigidas a Mário Passos.

Assim, Sandra Pimenta perguntou a Mário Passos como é que justifica que a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal tenham aprovado uma declaração de interesse público municipal, em dezembro de 2020 e em janeiro de 2021, respetivamente, sem existir um plano de estrutura verde e integração paisagística relativamente ao projeto da central fotovoltaica de Outiz.

VALONGO CHUMBOU E FAMALICÃO APROVOU

A dirigente do PAN, que tem assumido a dianteira na defesa do ambiente e na oposição à central fotovoltaica, perguntou, também, por que razão o plano de estrutura verde e integração paisagística, entretanto elaborado, classifica a zona dos aglomerados de sobreiros abatidos como espaço de plantação de acácias. “Como é que se justifica que a Câmara Municipal, além de não ter questionado esta classificação, ainda emitiu licenciamento sem qualquer condicionante?”, perguntou Sandra Pimenta.

Sandra Pimenta acusou ainda Mário Passos de se agarrar a um Decreto-Lei de 2022 para justificar o que a autarquia fez em 2020. “Em 2020, quando a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal aprovaram a declaração de interesse público municipal não existia qualquer obrigação legal, argumentou a dirigente do PAN.

Ou seja, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, se quisesse, poderia ter chumbado a pretensão da empresa promotora da central fotovoltaica, aliás, como fez a autarquia de Valongo.

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