“Nem menos, nem mais, direitos iguais”. Foi com essas palavras que a I Marcha LGBTQIA+ de Famalicão deu os primeiros passos na tarde do último sábado, 10 de setembro. A Marcha foi organizada pelo Grupo de Apoio a Pessoas Queer (GAPQ), um movimento social LGBT fundado em agosto do ano passado.
Mais de uma centena de pessoas participaram na Marcha que teve como ponto de partida na Praça D. Maria II, percorrendo as principais ruas do centro da cidade até aos Paços do Concelho onde foi lido um manifesto. Além dos temas diretamente ligados à LGBTQIA+ também foram abordados temas como a violência doméstica e o racismo.
Com o slogan de “Famalicão tem outras cores”, a comunidade LGBTQIA+ saiu à rua, com o objetivo de sensibilizar a comunidade local e o poder local, exigindo políticas estruturais de proteção e de igualdade ao poder local e nacional.
Diogo Barros, porta-voz do GAPQ e da Comissão Organizadora da Marcha, mostrou-se “muito satisfeito” com adesão das pessoas à marcha e vê esta manifestação como “um momento histórico para a luta dos direitos humanos no concelho”. O responsável referiu ainda que a iniciativa fará parte do calendário do concelho, com realização anual.
Questionado pela comunicação social sobre a ausência de responsáveis municipais na Câmara Municipal para receber o grupo, Diogo Barros, não se mostrou surpreendido, referindo que “apesar das inúmeras tentativas de contacto durante os preparativos para a realização da marcha a autarquia nunca se esteve aberta ao diálogo”.
Recorde-se que o PAN-Famalicão havia sugerido à autarquia o hastear da bandeira LGBTQIAP+ no edifício da Câmara Municipal no dia da realização da marcha, considerando essencial que a autarquia “se mostre disponível para lutar contra todas as formas de discriminação”. No entanto, a solicitação não foi atendida.
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