O deputado Jorge Paulo Oliveira considera urgente a elaboração de um Plano de Despoluição da Bacia Hidrográfica do Ave e sublinha ser imprescindível que abranja todos os municípios responsáveis pelos recursos hídricos da Bacia. Um tema que, alerta, deve ser uma prioridade da política ambiental para o futuro Governo.
O candidato do PSD à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral de Braga lembra que o Governo agora cessante avançou em 2017 com um plano de intervenção, mas apenas para o Rio Vizela, deixando de fora parte considerável do percurso do rio que atravessa territórios com elevados níveis de industrialização e concentração populacional, como é o caso de Vila Nova de Famalicão.
“É absolutamente fundamental o envolvimento de todos os municípios e entidades num trabalho conjunto que preveja e calendarize medidas de vigilância, prevenção, controlo e mitigação, por forma a potenciar os investimentos públicos e privados já realizados e a fomentar outros, tendo em vista a tão desejada despoluição, que permitiria devolver o rio às comunidades e, por essa via, incrementar os níveis de qualidade de vida”, defende.
Jorge Paulo Oliveira, que dedicou um dia da campanha eleitoral a esta temática, visitou na freguesia de Bairro as margens do Rio Ave na sua interseção com o Rio Vizela, seu maior afluente, um local marcado por património industrial relevante e aproveitamento mini-hídrico único, tendo alertado para a importância que deve ser concedida a todo este ecossistema.
Já em Riba de Ave, numa visita às margens do Rio Ave guiada pelo responsável da H2Ave – Associação Movimento Cívico para a Dinamização e Valorização do Vale do Ave, ficou a conhecer o trabalho desenvolvido no domínio da preservação ambiental, nomeadamente na revitalização das margens daquele rio.
“Não faltam bons exemplos de intervenções na recuperação de açudes e suas azenhas, na dinamização de praias fluviais, no restauro de pontes históricas, na proteção dos ecossistemas ribeirinhos. Temos, por isso, o dever de despoluir e revitalizar esta bacia hidrográfica. Mas isso só é plenamente alcançável se formos capazes de garantir um rio ambientalmente protegido e patrimonialmente preservado”, argumenta.
Comentários