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Vila Nova de Famalicão
Segunda-feira, 16 Setembro 2024
José Carvalho
José Carvalho é famalicense, nasceu em 1972, e exerce a profissão Controller de Gestão. Os seus passatempos preferidos são a jardinagem e caminhadas.

Futebol, Fado e a Beata Alexandrina

Mais uns anos disto e não fica pedra sobre pedra. Somam-se decisões que desvalorizam o nosso concelho.

4 min de leitura
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José Carvalho
José Carvalho é famalicense, nasceu em 1972, e exerce a profissão Controller de Gestão. Os seus passatempos preferidos são a jardinagem e caminhadas.

Famalicão

Andar no “Voltas” é gratuito entre 16 e 20 de setembro

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Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és!
Ditado popular

“Igreja, empresas e habitantes querem novo nó da A7, diz deputado de Famalicão” Jorge Paulo Oliveira, era o título de uma notícia de O Minho em 25 de Agosto. Para saber mais detalhes podem consultar o artigo deste jornal que não se limita a transcrever os comunicados recebidos: Jorge Paulo Oliveira pressiona Governo a criar nó de acesso na A7 na zona de Fradelos.

Ora, o deputado Jorge Paulo Oliveira foi com tudo, em prol do desenvolvimento “sustentável” do seu concelho e dos concelhos vizinhos da Póvoa e de Vila do Conde. Num ato de altruísmo e abnegação digno de um herói de filme de domingo à tarde.

Quem anda na A7 percebe que todo aquele eixo é um “desperdício de espaço”. Muitos campos e bouças. Que coisa tão apetecível para a economia do betão! Muitos campos e bouças não é defeito, pelo contrário, aquela é das poucas parcelas do nosso concelho que permite uma agricultura com (alguma) escala, uma área florestal com (alguma) dimensão e, não fossem os maus cheiros de uma suinocultura que existe na zona, este seria um dos poucos recantos do concelho em que se pode ter uma vida tranquila no campo.

Quem manda nisto tudo, a dada altura e reconhecendo estes valores, até teve a vontade de lá criar uma área de Paisagem Protegida Local com o nome “Pateiras do Ave”.

Pois, isto “agora” faz-me lembrar qualquer coisa que vi há dias num canal de cabo…

Mas as “Pateiras do Ave” só serviram para alimentar o sonho de alguns patos (como eu) que ainda acreditam nas boas intenções de um poder instalado há décadas. Como diria o historiador, o poder corrói e o poder permanente corrói permanentemente (nesta fase delicada da vida política local temos de ter algum cuidado com as palavras).

Fui verificar a existência das ditas empresas que, putativamente, querem o novo nó da A7. Fiz aquela pesquisa confortável, mas credível: google earth. Que partilho abaixo.

Como dá para perceber na imagem, junto à A7 entre Touguinhó e Vilarinho das Cambas (onde se localiza a grande zona industrial do concelho – junto à N14) só aparecem dois pavilhões e umas grandes pilhas de madeira. Aqui tenho de me socorrer do Harry Potter para justificar não entrar em mais detalhes, é que ali sente-se a presença “daquele cujo nome não deve ser pronunciado”.

A quase inexistência de empresas é uma questão que se resolve com a criação em Fradelos de um “Espaço de Atividades Económicas”, popularmente designada como Zona Industrial. É assim que aparece UOPG 3.6 – ÁREA DE ACOLHIMENTO EMPRESARIAL VI (SOLO RÚSTICO). Chamo a atenção para este detalhe, trata-se de solo rústico, sem capacidade construtiva até esta revisão do PDM. Com esta alteração do uso do solo os terrenos passarão a valer muito mais.

Jackpot!

O que é que acrescenta ao concelho mais esta área de acolhimento empresarial VI (6 em numeração romana)? Não sei de onde vem o 6. Contei as “manchas” no PDM associadas às Zonas Industriais e são 47, às quais somam duas novas UOPG e assim passarão para 49 (de fora desta contagem ainda estão várias empresas isoladas que se espalham pelo concelho).

Detalhe do PDM com o nó proposto para a A7. A linha tracejada corresponde à proposta da nova Zona Industrial.

O que diz o regulamento do PDM?

«UOPG 3.6 – ÁREA DE ACOLHIMENTO EMPRESARIAL VI (SOLO RÚSTICO)

1 – OBJETIVOS PROGRAMÁTICOS:

  1. a) Esta UOPG tem como objetivo a instalação de novas unidades industriais e de armazenagem apoiados na excelente acessibilidade prevista para esta área, com a construção do nó de ligação à A7.
  2. b) Deverão ser previstos serviços de apoio às atividades industriais que se desenvolvem nesta área;
  3. c) Deve ser executada a requalificação da EM506.

2 – INDICADORES E PARÂMETROS URBANÍSTICOS:

No procedimento de reclassificação do solo rústico para solo urbano, os parâmetros urbanísticos a adotar para esta área são os definidos para os Espaços de Atividades Económicas no presente regulamento.

…» Fonte: Regulamento do Plano Diretor Municipal de Vila Nova de Famalicão

Mais uns anos disto e não fica pedra sobre pedra. Este anarcoterritório, gerido em função do interesse privado, que roça o “capitalismo de compadrio”, ignora a verdadeira função de uma governação pública, que é, isso mesmo, o interesse público. Somam-se decisões que desvalorizam o nosso concelho. Com o tempo esta perda de valor vai alastrar-se. Uma neoplasia que acabará por matar o seu hospedeiro.

Entre a saída de Touguinhó e a saída de Famalicão contam-se só 17km. Numa região tão desordenada como a nossa, abrir uma nova saída na A7 é alimentar mais o caos.

Nestas linhas poupei a Beata Alexandrina que nada ganha com esta questão e viveu longe da versão Templária da sua religião. Mas recorro a um apelo espiritual, S.O.S. (Save Our Souls) este barco já não aguenta tantos rombos.

Quanto ao futebol, oxalá não precisemos de falar dele mais à frente.

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José Carvalho é famalicense, nasceu em 1972, e exerce a profissão Controller de Gestão. Os seus passatempos preferidos são a jardinagem e caminhadas.
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