O monsenhor Joaquim Fernandes partiu esta terça-feira, 8 de fevereiro, tranquilo, depois de uma vida longa, saudável e feliz. Foram 105 anos inspiradores para todos nós.
Deixa um legado social e inclusivo que é um exemplo e um motivo de orgulho para a Igreja Católica. O seu trabalho pastoral ao longo de meio século como pároco e arcipreste de Vila Nova de Famalicão extravasou as portas da igreja e foi ao terreno ajudar os mais pobres.
Teve impacto na educação, através da Creche-Mãe e Patronato da Sagrada Família, na habitação, através das casas construídas sob a instituição social património dos Pobres de Vila Nova de Famalicão, e, mais recentemente, na cultura, através do Museu de Arte Sacra.
Por tudo isto, é impossível escrever a história de Vila Nova de Famalicão no século XX sem destacar o papel do monsenhor Joaquim Fernandes num exercício pastoral que abraçou na plenitude, com enorme sagacidade política.
Em 2013, juntamente com Artur Sá da Costa, editei o livro “Joaquim Fernandes – Memórias do Senhor Arcipreste”, onde o próprio conta em pormenor muitos dos projetos sociais em que esteve envolvido e que as gerações mais novas desconhecem.
Partilho algumas imagens, desde as conversas que tivemos no roseiral da sua casa de Mouquim para a elaboração do livro, à cerimónia de apresentação, sem esquecer a linda dedicatória que me escreveu, na qual, exagerando, me considera “o causador” desse livro.
Mais do que um dia triste, hoje é dia de celebrar a vida de um grande famalicense. Parabéns, Monsenhor Joaquim Fernandes! Um forte abraço e até um dia.
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