O sistema de abastecimento de água da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão registou 38% de água perdida e não faturada no ano de 2020, segundo indica o Sistema Nacional de Informação de Indicadores de Perdas de Água.
Em 2020, entraram no sistema de abastecimento de Vila Nova de Famalicão um total de 7,3 milhões de metros cúbicos de água, mas só foram faturados aos famalicenses 4,5 milhões de metros cúbicos, enquanto os restantes 2,7 milhões de metros cúbicos de água foram perdidos em fugas de água na rede e não foram, por isso, faturados.
Estes números foram revelados por Eduardo Oliveira, vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, na reunião pública do executivo municipal, realizada na manhã desta quinta-feira, 28 de julho.
“A Câmara de Famalicão está a perder em fugas de água na rede mais de um terço do total da água que o Município gasta. É um problema ambiental gravíssimo, que coloca Famalicão no grupo dos municípios portugueses que mais água perdem. Estamos na cauda do país. Isto é uma vergonha para a Câmara Municipal de Famalicão”, afirmou Eduardo Oliveira, no período de antes da ordem do dia.
O autarca socialista fez uma intervenção direcionada para o ambiente e para a questão da água, dado o período de seca que estamos a atravessar.
Afirmando que “qualquer esforço na poupança da água é sempre de louvar”, Eduardo Oliveira lamentou, porém, que a Câmara Municipal de Famalicão tivesse promovido uma campanha de notícias na imprensa por causa de uma poupança de 63 mil metros cúbicos de água resultante da suspensão da rega dos jardins e dos espaços verdes.
“Convinha ter a noção que estamos a falar de números irrisórios: os 63 mil metros cúbicos de água poupada na rega representam apenas 0,86% dos 7,3 milhões de metros cúbicos de água consumida no concelho de Famalicão no ano de 2020”, explicou Eduardo Oliveira, sem que o presidente da Câmara, Mário Passos, tivesse contestado os números revelados pelo vereador socialista.
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