Eu sei que Famalicão para alguns é uma cidade que segue ao ritmo de promessas e para outros um concelho onde é muito difícil viver.
Tu sabes que, na lista de prioridades, o executivo tem deixado as pessoas sempre em último lugar.
Uma lista de prioridades trocada não é por acaso, é mesmo por falta de conhecimento da realidade no terreno, porque o luxo dos gabinetes é mais confortável.
Ele sabe que a sua visão elitista não permite ver ou ter a sensibilidade que Famalicão é muito mais que a cidade.
Famalicão são pessoas, freguesias, ambiente, indústria e comércio.
Pergunto-me, como é possível, ainda hoje, não haver saneamento básico em muitas freguesias?!
Qual o papel dos presidentes de junta, apenas angariar pessoas para o passeio a Fátima?!
Com outra dimensão, os anúncios das grandes obras (em papel) não param e nem vão parar.
Eu sei e tu sabes que estes anúncios de grandes obras são apenas atos de campanha e que o presidente deixa bem claro só avançam se ele for eleito.
Alguém ainda acredita nisso?
Quando sente que tudo está perdido, prometer tudo ainda é curto e por este caminho ainda vai anunciar um aeroporto no campo da feira.
Ele sabe que terá uma derrota clara nas próximas eleições mas, mesmo assim, promete uma piscina, mesmo quando a água das ruas segue imunda e retira os bilhetes gratuitos do circo de Natal aos nossos filhos.
Por falar em águas, o que me dizem da trapalhada do executivo ao admitir que os serviços da Câmara estão a poluir o nosso rio Pelhe?!
Não sei se é crime, nem é a mim que me compete avaliar essa questão, sei sim que mais uma vez o respeito pelos famalicenses ficou na gaveta.
A gaveta da secretária do presidente deve ser muito funda para poder guardar tanta promessa de obra e não encontrar documentos quando solicitados pela oposição.
O indesejado presidente (com letra pequena) fica em bicos de pés quando confrontado pelos comerciantes, porque a falta de estacionamento na cidade tem levado os negócios à ruína.
Em lugar de ser convidado a entrar é convidado a sair e com a promessa do comerciante que o voto está perdido.
A grande maioria dos comerciantes, com lojas no centro da cidade, recusa receber a visita de um presidente que está a arrasar a vida dos famalicenses.
Mesmo que os comerciantes sejam contactados antecipadamente por algum elemento da câmara municipal a perguntar se o presidente pode visitar o espaço comercial, a resposta é não!
Um presidente com a certeza que está a fazer um bom trabalho jamais pede a alguém para ligar e perguntar se pode andar na rua a visitar a sua comunidade.
Podemos considerar isso uma métrica que avalia a popularidade do presidente e este indicador está péssimo, diria mesmo que está como a água contaminada que despejam no nosso rio.
Eu sei, tu sabes, ele sabe, que a porta da rua é o destino que os famalicenses vão indicar ao atual executivo…
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