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Quinta-feira, 26 Dezembro 2024
Sandra Pimenta
Sandra Pimenta
Licenciada em Direito. Mestranda em Direito Administrativo. É ativista e membro ativo do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

Este é o momento! O planeta precisa de ti

Somos um todo, e cada parte que não seja incluída nesta equação, haverá de resultar em prejuízos incalculáveis.

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Sandra Pimenta
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Licenciada em Direito. Mestranda em Direito Administrativo. É ativista e membro ativo do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

Famalicão

Foi esta semana, na terça-feira, dia 28 de maio, que Portugal esgotou os seus recursos anuais e começou a consumir a crédito os do próximo ano. Em 2021, foi no final de julho que esta situação se observou.

Assistimos hoje, mais que nunca, a um desenvolvimento tecnológico e a um conhecimento científico que nos permite aceder a dados, a informação que nos deveria levar a aplicar políticas mais sustentáveis e comprometidas em garantir que não condenamos a nossa e as gerações futuras a condições de vida insuportáveis.

Ao invés de nos debruçarmos sobre o que realmente importa como a sustentabilidade do planeta, salvaguardar direitos humanos, ou proteger a nossa biodiversidade, assistimos a discursos negacionistas, a ideologias que mais não querem que continuar a promover o consumo desregrado, assente numa lógica de crescimento económico a todo e qualquer custo, ignorando problemas ambientais, necessidade sociais, fechando os olhos e apertando mãos, nunca pensando nas consequências.

Daqui a sensivelmente 10 dias teremos um dos mais importantes atos eleitorais – as eleições para o Parlamento Europeu. E por isso é tão importante o voto de cada uma e cada um de nós. É da União Europeia que nos chegam as principais Diretivas e Regulamentos, estes que foram aprovados, ou não, por quem vamos votar no próximo dia 9.

São estas mulheres e homens que lá fora, naquele lugar que parece tão distante de nós e que pouca ou quase nenhuma importância se lhe dá, que decisões, por exemplo, sobre a política agrícola comum (PAC), têm lugar. É nestas ferramentas e mecanismos que se podem desenvolver incentivos para a preservação dos solos, ou para a inclusão de regimes ecológicos nos planos dos países da UE.  É através do correto direcionamento de fundos que podemos ter uma agricultura mais resiliente, mais sustentável, mais ecológica e que respeite os ciclos naturais da terra.

A União Europeia que pode ser uma instituição promotora e protetora de direitos humanos, veja-se o caso da Resolução do Parlamento Europeu, de 11 de março de 2021 – que visa a “Proclamação da UE como zona de liberdade para as pessoas LGBTIQ”, ou até da resolução para incluir o aborto nos direitos fundamentais da União Europeia, pode, paralelamente, representar retrocessos absurdos, como é o caso do lobo ibérico. Ou seja, uma espécie com estatuto protegido desde 1988, em Portugal, e cujo abate ou captura é proibido de acordo com o Artigo 9.º da Convenção de Berna para a Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa, que data de 1979, por capricho, puro e simples, de certas “famílias” políticas europeias, corre o risco de vir a tornar-se uma espécie à mercê de caçadores.

E, por isso, é tão importante votarmos, desde logo. Lembre-se que em 2019 a taxa de abstenção passou os 69%, mas, essencialmente, votarmos nas pessoas certas, nos partidos que irão lutar por ti, por nós, pelo planeta, pelos animais. Porque somos um todo, e cada parte que não seja incluída nesta equação, haverá de resultar em prejuízos incalculáveis.

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