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Quinta-feira, 30 Janeiro 2025
Ana Diniz
Ana Diniz
Presidente da EDUPA, co-fundadora da Academia Sexto Sentido e coordenadora de projetos na área da Sustentabilidade e Educação, Ana Diniz é também formadora na Casa do Professor, Coach certificada pela WCO e Educadora Mindfulness. Bióloga de formação, atua como Educadora Não Formal e acredita que a sustentabilidade começa com o desenvolvimento humano.

Estaremos verdadeiramente conectados?

A verdadeira conexão não depende de cliques ou chamadas. Ela nasce de momentos autênticos, de presença e da coragem de sermos vulneráveis.

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Ana Diniz
Ana Diniz
Presidente da EDUPA, co-fundadora da Academia Sexto Sentido e coordenadora de projetos na área da Sustentabilidade e Educação, Ana Diniz é também formadora na Casa do Professor, Coach certificada pela WCO e Educadora Mindfulness. Bióloga de formação, atua como Educadora Não Formal e acredita que a sustentabilidade começa com o desenvolvimento humano.

Famalicão

Já parou para pensar nesta contradição em que vivemos: nunca estivemos tão conectados como agora, a um clique de distância, conseguimos ver e ouvir pessoas nos cantos mais remotos do mundo. Ainda assim, nunca nos sentimos tão sós. Esta realidade é inquietante e, ao mesmo tempo, um convite à reflexão.

Vivemos num mundo onde as redes sociais e as chamadas de vídeo encurtaram distâncias, mas não conseguiram preencher o vazio que muitos sentem. As interações digitais multiplicaram-se, mas a profundidade das conexões parece ter diminuído. Afinal, enviar um emoji ou trocar mensagens rápidas não substitui o olhar nos olhos, o toque de uma mão ou o calor de uma conversa sem pressa.

Este fenómeno leva-nos a questionar: estamos rodeados de pessoas, mas ainda assim sentimos solidão. Será que é porque as nossas conexões são mais superficiais? Ou será que não aprendemos a estar verdadeiramente presentes, connosco e com os outros?

Apesar de estarmos sempre “ligados”, a comunicação virtual pode ser um reflexo vazio. Comentários e likes não substituem interações profundas e autênticas. Além disso somos sobre estimulados a toda a hora, o que nos tem conduzido à chamada Doença do Século, segundo Augusto Cury, a síndrome do pensamento acelerado.

Outras vezes, estamos tão ocupados a agradar os outros ou a cumprir expetativas que nos esquecemos de olhar para dentro. E por último, mas não menos importante, a pressão de “estarmos sempre bem”! Vivemos numa sociedade que valoriza a produtividade e a felicidade constantes, o que torna difícil admitir que, por vezes, nos sentimos sós.

FALO EM SOLIDÃO OU SOLITUDE?

A solidão é frequentemente associada a um sentimento de isolamento, de vazio emocional. É aquela sensação desconfortável de que algo está em falta – seja a companhia de alguém, um propósito ou até mesmo uma conexão consigo mesmo.

Já a solitude é o oposto: é a capacidade de estar só, mas em paz. É um espaço de introspeção, criatividade e reencontro.

No meio do ruído constante da vida moderna, muitos confundem uma coisa com a outra. Temos medo de parar, de desligar as notificações e de encarar o silêncio. No entanto, a solitude pode ser um presente. É ali, no espaço vazio e sem distrações, que conseguimos encontrar as respostas que tanto procuramos. É também na minha solitude que vos escrevo…

O que podemos fazer para encontrar solitude em vez de solidão?

Dar espaço ao silêncio, experimentar desligar os dispositivos durante alguns minutos por dia. Ouvir os pensamentos, sem distrações.

Reconhecer os sentimentos, sem ignorar a sensação de solidão. Reconhecê-la é o primeiro passo para entendermos o que precisamos.

Construir e nutrir conexões reais, dedicando tempo a pessoas que realmente nos fazem sentir bem. Conversas honestas e presenciais podem transformar o seu dia!

Cultivar a sua própria companhia, aprendendo a gostar de estar consigo mesmo, e descobrindo o que o(a) faz feliz, sem depender da validação dos outros.

Aproveite esta leitura e faça uma pausa. Em vez de temer o vazio, que tal abraçá-lo como uma oportunidade?

Transformemos a distância em proximidade, primeiro connosco, e depois com os outros.

Afinal, a verdadeira conexão não depende de cliques ou chamadas. Ela nasce de momentos autênticos, de presença e da coragem de sermos vulneráveis.

 

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Presidente da EDUPA, co-fundadora da Academia Sexto Sentido e coordenadora de projetos na área da Sustentabilidade e Educação, Ana Diniz é também formadora na Casa do Professor, Coach certificada pela WCO e Educadora Mindfulness. Bióloga de formação, atua como Educadora Não Formal e acredita que a sustentabilidade começa com o desenvolvimento humano.
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