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Terça-feira, 24 Dezembro 2024

Desafios e avanços no tratamento da doença de Parkinson em Portugal

O diagnóstico precoce da doença é fundamental para iniciar o tratamento adequado e retardar a progressão dos sintomas.

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Susana Dias
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Famalicão

No dia 11 de abril celebrou-se o Dia Mundial da doença de Parkinson, uma condição neurodegenerativa que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. A doença de Parkinson é caracterizada pela degeneração progressiva das células nervosas no cérebro, isso leva a uma deficiência na produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle do movimento. Em Portugal estima-se que 20 mil portugueses padeçam desta doença e todos os anos são diagnosticados novos casos desta patologia.

O diagnóstico precoce da doença é fundamental para iniciar o tratamento adequado e retardar a progressão dos sintomas. No entanto, por vezes é tardio devido à falta de conhecimento sobre os primeiros sinais da doença.

A doença é conhecida por uma série de sintomas motores, mais comuns estão os tremores, rigidez muscular, movimentos lentos e dificuldade de equilíbrio. Além disso os pacientes podem ter sintomas como depressão, ansiedade, distúrbios do sono e problemas cognitivos.

O diagnóstico da doença pode ser desafiante especialmente nas fases iniciais, devido á sobreposição dos seus sintomas com outras condições neurológicas. Os médicos geralmente realizam uma avaliação clínica detalhada, observando os sintomas presentes e excluindo outras possíveis causas. Os testes de imagem cerebral como a ressonância magnética e tomografia computadorizada podem ser usados para auxiliar no diagnóstico, embora não sejam definitivos.

Atualmente não há cura para a doença, mas uma variedade de tratamentos está disponível para ajudar a minimizar os seus sintomas e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além da terapia medicamentosa, a fisioterapia, terapia ocupacional e a terapia da fala desempenham um papel crucial no retardar dos sintomas motores e na manutenção da função física.

Uma vez diagnosticados, os pacientes por vezes, enfrentam dificuldades no acesso a tratamentos disponíveis, como medicamentos e terapias de reabilitação. O custo elevado da medicação além das terapias de reabilitação como a fisioterapia, e terapia ocupacional podem ser um entrave.

Apesar dos desafios, há esperança no horizonte para os pacientes com esta doença. Há avanços científicos no tratamento da doença de Parkinson em Portugal. Estão a ser desenvolvidas novas terapias testadas em ensaios clínicos, incluindo terapias genéticas e celulares. Além disso, programas de exercícios físicos adaptados às necessidades dos pacientes estão a ser implementados com vista a melhorar a mobilidade e qualidade de vida. Portugal tem colaborado com outros países e instituições internacionais na pesquisa e no tratamento da doença. Parcerias com centros de investigação em neociência em todo o mundo têm permitido o intercâmbio e a participação em estudos clínicos.

Embora enfrentem desafios os pacientes podem encontrar esperança nos avanços científicos, é possível melhorar o diagnóstico precoce, o acesso ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson.

 

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Susana Dias
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.
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