A deputada municipal Tânia Silva, acompanhada por uma delegação da CDU, reuniu com o Diretor do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, Professor Carlos Teixeira. Esta reunião foi realizada no dia 3 de dezembro, no seguimento da aprovação na Assembleia da República de um Projeto de Resolução que recomenda ao Governo reabilitar a EB 2,3 Júlio Brandão, o que levou a CDU a querer conhecer e compreender melhor quais as reais necessidades e problemas desta escola.
“A EB 2,3 Júlio Brandão, escola situada no centro do cidade e de grande importância social, enfrenta há vários anos graves problemas de infraestrutura aos quais este projeto de resolução procura dar resposta através da requalificação da escola”, destaca Tânia Silva, listando alguns dos “problemas que afetam diariamente a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos”, nomeadamente infiltrações, falta de aquecimento, falta de condições nos laboratórios, necessidades de alargamento de espaço e necessidade de espaços adequados para a realização das aulas da disciplina de educação física e prática de desporto escolar.
“Estes problemas têm sido, da forma possível, reparados por intervenção da comunidade – como, por exemplo, a Associação de Pais – com o intuito de reparar problemas imediatos servindo de exemplo a remoção de amianto do espaço escolar, mas agrava-se e perpetua-se a situação de degradação que pequenos arranjos remediativos não conseguem dar resposta, que implicam gastos adicionais e que são responsabilidade do Governo. É urgente a requalificação da escola de forma a garantir o ensino público, gratuito e de qualidade que abril conquistou, direito consagrado na Constituição da República”, destaca a deputada municipal da CDU.
“Além dos graves problemas infraestruturais, é transversal ao agrupamento, como a todas as escolas do país, a contratação de professores através de concursos que resultam em condições de trabalho precárias, que não permitem a estabilidade destes profissionais, muitos deles deslocados das suas áreas de residência, sem contrato efetivo, situação que não valoriza a profissão docente”, refere a CDU em comunicado.
Tânia Silva destaca ainda que os efeitos da pandemia e ensino à distância fazem-se também sentir neste agrupamento de escolas, que o seu diretor caracteriza como “anos letivos desafiantes que tem implicado esforços adicionais dos alunos e docentes, para colmatar as dificuldades de aprendizagem sentidas e preparação dos exames nacionais”.
A este propósito a CDU destaca que a situação “agrava-se” porque um universo de cerca de 3800 alunos, estão colocados através do Ministério da Educação dois psicólogos nos serviços de psicologia e orientação, “número que fica aquém das reais necessidades de apoio à comunidade escolar e desafios impostos pela situação pandémica”.
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