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Sábado, 28 Dezembro 2024
Susana Dias
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Combater a hipertensão arterial e salvar vidas

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte em Portugal, sendo a hipertensão arterial é o fator de risco mais importante. Portanto, é fundamental prevenir, diagnosticar e tratar o mais precocemente possível.

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Susana Dias
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Famalicão

No dia 17 de Maio celebrou-se o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. A data tem como objetivo aumentar a consciencialização social desta doença, que é fator de risco para várias outras complicações de saúde.

Em Portugal estima-se que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta seja de 42,6%. Dos doentes com hipertensão arterial, menos de metade estão medicados com fármacos anti hipertensores e só 11,2% estão controlados.

A hipertensão arterial (HTA) carateriza-se por uma pressão sanguínea das artérias, acima dos valores considerados normais, que ocorre de forma crónica. Define-se hipertensão arterial quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg (vulgo 14), ou a pressão mínima é maior ou igual a 90 mmHg (vulgo 9).

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa que afeta mais de 40% da população portuguesa porque na grande maioria das vezes não causa sintomas. Os doentes descuram a medicação, porque se sentem bem, contudo, muitas vezes, a primeira manifestação da HTA é o enfarte agudo do miocárdio (EAM), hemorragia cerebral ou acidente vascular cerebral isquémico.

A principal causa de morte, em Portugal, é o AVC, sendo a HTA o fator de risco mais importante daí o controlo ser muito importante.

Com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por danificar precocemente os vasos sanguíneos e os principais órgãos do organismo, como o cérebro, o rim e o coração, podendo provocar sintomas como: dores de cabeça, tonturas, zumbidos, aumento dos batimentos cardíaco, dor no peito, falta de ar.

A HTA também pode ser causada por doenças como: apneia do sono, doença renal, doença tiroideia e paratiroideia, contracetivos orais, descongestionantes nasais, fármacos dietéticos e gravidez.  Assim, o seu diagnóstico baseia-se na medição dos valores de pressão arterial (≥140/90 mmHg), e verificação que estão acima dos considerados normais, em mais do que uma avaliação. Ou seja, um valor de pressão arterial elevado isolado não significa que a pessoa seja hipertensa.

Por exemplo, o idoso tem uma maior prevalência de hipertensão muito devido a alterações fisiológicas da idade, nomeadamente o aumento da rigidez arterial. Por isso, temos de estar sensibilizados para a importância da prevenção cardiovascular.

É fundamental o diagnóstico correto do doente. É aconselhável fazer-se uma monitorização ambulatória da pressão arterial (MAPA) durante 24 horas ou pode ser avaliada pela própria pessoa em sua casa. É também necessário identificar as causas secundárias de hipertensão arterial, nomeadamente, renal, endócrina, vascular, ou outra, as quais representam cerca de 10% dos casos. Excluídas estas hipóteses e confirmada a doença, deve iniciar-se a terapêutica o mais rápido possível.

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Susana Dias
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Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.
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