Os concursos públicos para as várias obras públicas que estão a ser realizadas na cidade e no concelho de Vila Nova de Famalicão, lançadas pela Câmara Municipal, suscitam “preocupações” aos membros da comissão política concelhia local do partido Chega!.
A comissão política local do partido de André Ventura suspeita dos concursos públicos para obras municipais em Famalicão e acusa Paulo Cunha de estar “a fazer num ano o que deveria ter sido feito em quatro”. Pelo meio, elogia a gestão do antigo presidente Armindo Costa.
“Temos muitas dúvidas e suspeições sobre os concursos que são feitos para as obras públicas em Famalicão”, confessou Victor Meira, presidente da comissão política concelhia, em declarações ao NOTÍCIAS DE FAMALICÃO, revelando que o partido de André Ventura “irá analisar a situação a fundo” de modo a perceber as razões que levam “a que sejam sempre as mesmas duas ou três empresas” escolhidas pelo Executivo de Paulo Cunha para fazer as obras municipais.
Questionado sobre se é contra ou a favor das obras em curso na cidade, Victor Meira diz que há “obras necessárias que deveriam ter sido feitas há mais tempo e de forma faseada”. Segundo o líder do Chega! em Vila Nova de Famalicão, o problema é que “a Câmara Municipal está a fazer tudo ao mesmo tempo”.
“Fazer obras durante todo o mandato é muito mais importante do que fazer obras apenas no fim do mandato”, refere Victor Meira. Além disso, destaca que é preciso ter em conta que não devem ser feitas apenas obras de “embelezamento, que saltam à vista das pessoas”. Em seu entender, “é muito necessário investir nas obras que não são visíveis, mas que são importantes para a população”.
Para ilustrar o seu pensamento sobre a importância das obras municipais, Victor Meira relembra os mandatos do anterior presidente da Câmara: “Antes de Armindo Costa não tínhamos nada. E durante os seus mandatos muito foi feito em Famalicão, em muitas áreas: água, saneamento, pavimentação de ruas, educação, freguesias.”
Segundo o primeiro presidente da comissão política concelhia do Chega! em Famalicão, o problema é que o atual presidente da Câmara, Paulo Cunha, “colocado no caminho pelo anterior presidente Armindo Costa, para dar seguimento ao seu trabalho, está a fazer num ano o que deveria ter sido feito em quatro”.
Victor Meira cita como exemplo as obras do Mercado Municipal, na Praça D. Maria II e no antigo campo da feira que implicam “grande transtorno no dia a dia dos famalicenses, especialmente no âmbito do estacionamento”.
O presidente da concelhia do Chega! refere ainda que por causa da pandemia da covid-19 não houve Antoninas e outras festas em 2020 e, por isso, “devia haver ainda maior investimento municipal no que é verdadeiramente importante para os famalicenses”.
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