Na última reunião da Assembleia Municipal a deputada Tânia Silva, eleita pela CDU, questionou Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão acerca do “estado caótico do centro da cidade, resultante das obras levadas a cabo ao longo deste último ano, sem planeamento e sem fiscalização por parte deste executivo municipal, que se limitou a deixar andar”.
“Para além dos sucessivos adiamentos das obras e de custos a crescer”, a questão que se coloca agora é, no entender do grupo municipal da CDU, “quando é que começam as necessárias e urgentes reparações destas obras ainda em curso?”.
A CDU destaca que “esburacando ruas e passeios, as intermináveis obras tornam praticamente impossível contabilizar a quantidade de pedras soltas ou partidas que se encontram no solo à entrada do Mercado Municipal e noutros locais onde é já visível, apesar do pouco uso, um elevado desgaste”.
Outra preocupação do grupo municipal da CDU é “a constatada falta de planeamento da Câmara, fator que tem prejudicado a acessibilidade dos famalicenses, e que esta pretensa nova arquitetura, disfarçada de modernidade, tem potenciado”. E cita como um dos exemplos o pequeno degrau na rua José Gomes, “que tem causado inúmeras quedas de pessoas que por ali circulam”.
A CDU entende ainda que “o volume de obras no centro da cidade tem desleixado este executivo camarário” que está a “ignorar as necessidades de investimento nas freguesias”. Entre os exemplos citados estão “a rotunda de Gavião, a Estrada Nacional N204-5, na zona de Landim, as ruas periféricas na freguesia de Joane, como é o caso da Rua da Cortinha”.
“Perante as questões colocadas, o presidente da Câmara reconheceu que há necessidade de substituir pedras no Mercado Municipal e prometeu que esta empreitada se realizará no final da obra, não se tendo referido, lamentavelmente, às restantes questões colocadas, nomeadamente quanto à necessidade de apostar no desenvolvimento do resto do concelho e não apenas no centro urbano da cidade”, refere a CDU em comunicado.
A CDU defende que “é preciso muito mais do que a substituição das referidas pedras”. “É fundamental que seja elaborado um planeamento capaz de tornar a cidade acessível e segura a todos os cidadãos, levando-se em conta que o concelho, no seu todo, é populacional e territorialmente muito mais representativo do que o centro da cidade”, destaca o comunicado.
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