Há um século o mundo era radicalmente diferente, mas Camilo Castelo Branco já era um monumento da literatura nacional e São Miguel de Seide já era a sua casa. Passados 100 anos da sua fundação, a Casa de Camilo abre as suas portas para inaugurar, na galeria da Casa-Museu, a sede do projeto «Camillo – Rotas do Escritor». A iniciativa decorre no dia 15 de outubro, sábado, às 16h e marca o início de uma nova rota literária em torno do património de pendor camiliano, que atravessa Famalicão, Braga, Porto e Ribeira de Pena, descobrindo verdadeiros tesouros patrimoniais, históricos, literários e imateriais em cada um destes destinos da Vida de Camilo.
Durante o dia 15 de outubro decorrerá também uma feira de edições camilianas e acontecerão ainda a 6ª edição dos Encontros Camilianos de São Miguel de Seide, que promovem um importante debate e a reflexão interdisciplinar em torno das temáticas camilianas, contribuindo, desse modo, para a melhor promoção e divulgação da vida e da obra de Camilo Castelo Branco, bem como para sedimentar a sua política de intervenção cultural e científica a favor da Língua e da Cultura portuguesas. Desta reflexão e deste debate resultará um importante contributo para a formação de docentes das disciplinas de Português e de História do Ensino Básico e Secundário, atendendo à presença de obras do novelista nos programas e nas metas curriculares desses níveis de ensino.
Também faz parte da programação a inauguração da exposição “A tebaida do Mestre de Seide”, que revisita os 100 anos de memorias desta casa-museu; e uma visita guiada à Casa-Museu. O programa completa-se com um almoço camiliano de galinha mourisca.
Destaque também para dois eventos promovidos na véspera, um “roteiro camiliano ao centro histórico de Braga” (dia 14, 14 às 18h) e à peça de teatro cómico “Entre a Flauta e a Viola” (dia 14, 21h30, na Casa de Camilo), interpretada pelo GRUTACA, Grupo de Teatro Amador Camiliano, comédia em um ato que subiu à cena há 150 anos, a 10 de janeiro de 1872, no Teatro Nacional, em festa artística do grande ator António Pedro, e seria a última obra dramática original de Camilo a representar-se em sua vida.
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