A Casa da Memória Viva está a ter uma semana repleta de atividades. Depois da realização de um workshop para cuidadores de pessoas com demências e da inauguração da sua sede, a associação famalicense realiza na manhã de sábado uma nova iniciativa.
Trata-se do 1.º Passeio da Famalicidade – DÊ 2 PASSOS, que às 10 horas arrancará da esquina da R. Manuel Pinto de Sousa com a Pr. Álvaro Marques, junto ao painel azulejar do antigo posto dos Serviços Médico-Sociais da Previdência, junto a um espaço verde que os dirigentes da associação gostariam de ver transformado em “Jardim da Memória”.
“Vamos passear pela cidade, em passada ritmada pela memória que dela temos e com o olhar desperto pelo contemporâneo, conjugando atividade física, convívio e fruição cultural”, antecipa a organização, que apresenta a iniciativa como sendo “para todos, todos, mas mesmo todos, os famalicenses – dos adeptos das práticas ‘slow movement’, às famílias ou às pessoas com mobilidade reduzida e/ou transtornos cognitivos”.
Do trajeto desta edição de estreia do Passeio da Famalicidade, cuja participação obriga à doação mínima de 5,00 euros (antes da partida ou mediante prévia inscrição na página da CMV no Facebook), fazem farte visitas a duas “interessantes exposições” patentes na cidade. A primeira pode ser apreciada no Museu de Arte Sacra da Capela da Lapa: a exposição “Santo António é o meu Santo”, que reúne dezenas de imagens do popular santo português, do colecionador famalicense Jorge Azevedo, que acompanhará a visita. Depois, os participantes tomarão contacto com a mostra alusiva ao centenário do pintor e poeta Mário Cesariny, patente na Fundação Cupertino de Miranda.
Antes do fim do Passeio, previsto para as 12 horas, haverá uma paragem na Fonte dos Pelames, na R. Ernesto Carvalho, próximo da sede administrativa da CMV, com a evocação da respetiva lenda, por Rui Araújo, divulgador da História e do Património Cultural famalicense e estudioso da historiografia concelhia.
DOENÇAS DEMENCIAIS
Segundo a Organização Mundial da Saúde no mundo inteiro há cerca de 55 milhões de pessoas com mais de 65 anos com demência, de que a doença de Alzheimer é a forma mais comum. Atualmente, constitui a sétima causa principal de morte a nível mundial.
Nas próximas duas décadas, este número deverá quase triplicar, passando para 138 milhões até 2050. Anualmente, surgem cerca de 10 milhões de novos casos.
À escala concelhia, e tendo em consideração os indicadores internacionais e os resultados do último Censos, a CMV projeta que quase um milhar de famalicenses padeçam de uma doença do foro neurodegenerativo que os afete na sua autonomia e comportamento, como a doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência frontotemporal ou a demência por corpos de Levy.
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