No seguimento de várias denúncias e alertas para as constantes descargas poluentes para o rio Ave, o PAN-Famalicão visitou durante a tarde desta segunda-feira o parque de lazer Calça Ferros, em Pedome, a fim de verificar esta situação.
O partido, que já denunciou por várias vezes estes crimes e inclusive questionou a empresa TRATAVE, considera “lamentável” que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal não tenham diligenciado para a resolução deste “verdadeiro crime ambiental”.
“É desolador o cenário observado no parque. Testemunhamos uma quantidade significativa de desperdícios têxteis na conduta dos efluentes, e sentimos o calor e o fumo libertado que era intoxicante” refere Sandra Pimenta, líder da concelhia e candidata à Câmara Municipal.
Sandra Pimenta acrescenta ainda que “é preciso atuar, não podemos voltar ao passado ambiental da zona do vale do Ave. Os infratores têm de ser identificados e responder por estes crimes. O rio Ave é de todos, não é o canal de esgoto de alguns.”
Com esta visita, que foi acompanhada por um membro do movimento cívico “SOS Vamos salvar o rio Ave”, foi possível verificar as principais zonas afetadas pelas descargas, assim como os impactos na zona envolvente das mesmas. O partido foi, igualmente, alertado por cidadãos que frequentavam o parque que “as descargas se tornaram mais frequentes quando foram instaladas empresas de tingimento têxtil na periferia do parque”.
Aliada a um alegado incumprimento no tratamento de efluentes e de práticas que colocam em causa a fluidez das águas, o partido considera que poderá, paralelamente, estar em causa “a falta de capacidade da ETAR, para receber e tratar eficazmente todos os efluentes”.
Contudo, o partido destaca que “a situação verificada no parque não é caso isolado”. Os membros do PAN testemunharam “um outro local onde os efluentes, derivados de saneamento doméstico, estavam, literalmente, a escoar pela tampa do saneamento”.
“Classificar a não resolução destes problemas é algo que temos dificuldade em fazer, a não ser o de estarmos perante um verdadeiro desprezo pelo meio ambiente. Nós não compreendemos este retrocesso em matéria de proteção ambiental, nem podemos compactuar com este tipo de ações que só prejudicam o bem-estar das populações e a biodiversidade local.”, finaliza Sandra Pimenta.
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