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Vila Nova de Famalicão
Sábado, 23 Novembro 2024

Câmara de Famalicão criticada por “deixar morrer” jardins e espaços verdes da cidade

A suspensão da rega automática representa apenas 0,86% da água consumida no concelho", o vereador socialista Eduardo Oliveira, salientando que "a quantidade de água poupada com a rega de jardins e espaços verdes é uma gota neste grande oceano de perdas anuais [2,7 milhões de metros cúbicos] que são registadas no sistema de abastecimento público no concelho de Famalicão”.

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Famalicão

“Não podemos poupar a qualquer preço, só para conseguir bons títulos nos jornais, 1 minuto na televisão ou ‘likes’ nas redes sociais”, censurou o vereador socialista Eduardo Oliveira numa intervenção na última reunião do executivo municipal, criticando a Câmara Municipal por “deixar morrer a flora nos jardins da cidade”.

Afirmando que “qualquer esforço na poupança da água é sempre de louvar”, Eduardo Oliveira lamentou, porém, que a Câmara de Famalicão tivesse promovido uma campanha de notícias na imprensa por causa de uma poupança de 63 mil metros cúbicos de água resultante da suspensão da rega dos jardins e dos espaços verdes.

“Convinha ter a noção que estamos a falar de números irrisórios: os 63 mil metros cúbicos de água poupada na rega representam apenas 0,86% dos 7,3 milhões de metros cúbicos de água consumida no concelho de Famalicão no ano de 2020”, explicou Eduardo Oliveira, sem que o presidente da Câmara, Mário Passos, tivesse contestado os números revelados pelo vereador socialista. [ver aqui Famalicão no grupo dos municípios portugueses que mais água perdem. Câmara registou 38% de água perdida e não faturada]

Parque 1º de Maio. Fotografia NOTÍCIAS DE FAMALICÃO

“As flores e plantas dos jardins e dos espaços verdes da cidade de Famalicão estão a morrer por falta de rega. A vegetação dos jardins e dos espaços relvados está queimada e as árvores estão com as folhas amarelas e a cair, quando ainda estamos a dois meses do outono”, lamentou Eduardo Oliveira.

O vereador socialista deu como exemplos “a relva da faixa central da Avenida 25 de Abril”, que “está queimada porque não é regada”. “O mesmo acontece no Parque da Juventude ou na Rotunda 1º de Maio. Temos um sobreiro, junto à Rotunda Bernardino Machado, que já secou”, acrescentou.

“É verdade que poupamos na água da rega, mas temos hoje uma Câmara Municipal que não cuida das árvores, dos espaços verdes e dos jardins da nossa cidade. A quantidade de água poupada através da suspensão da rega de jardins e espaços verdes é uma gota neste grande oceano de perdas anuais que são registadas no sistema de abastecimento público no concelho de Famalicão”, afirmou ainda Eduardo Oliveira.

“Mais do que poupar na rega de jardins e espaços verdes, matando a flora famalicense, o que a Câmara Municipal de Famalicão tem a fazer é investir seriamente no combate ao desperdício de água. Esse tem de ser um dos grandes combates dos próximos anos”, preconizou o vereador do PS, que lidera a oposição à maioria PSD-CDS na autarquia famalicense.

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