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Quarta-feira, 27 Novembro 2024

Câmara de Famalicão acusada de apresentar documentos “estranhamente muito vagos” para discussão pública

PAN defende "a recuperação total do Rio Pelhe" e considera a construção de um campo de mini-golfe "um completo absurdo".

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Famalicão

O PAN considera que os documentos disponibilizados para a discussão pública relativamente a uma nova intervenção urbanística que a Câmara de Famalicão deseja fazer na União de Freguesias de Calendário e Famalicão “são “estranhamente, muito vagos atendendo à importância ecológica da zona em questão”. A área em causa é um espaço verde público e, como tal, a legislação exige a realização de um plano de pormenor e discussão pública [ver aqui Unidade de Execução 1 da UOPG 1.8 – Pelhe].

Em comunicado, o partido refere que questionou a Câmara de Famalicão “e não tendo, até ao momento, recebido os devidos esclarecimentos, procedeu ao envio de propostas para a zona”. Entre as propostas está a criação de uma zona verde designada por  “Micro Reserva Natural Pelhe”, local onde se deverá “promover a criação de zonas protegidas para habitats de espécies autóctones ou migratórias, aliado a um centro de interpretação e observação de fauna e flora”.

“Considerando a atual realidade urbanística e ambiental do concelho, assim como as decisões dos últimos anos da Câmara Municipal de potenciar construções que atrofiam ainda mais o centro urbano, com um aumento de tráfego e diminuição de espaços verdes, não temos dúvidas da importância de proteger os escassos espaços verdes que ainda restam no concelho”, refere Sandra Pimenta.

O PAN salienta que a autarquia não deve “contribuir mais para a já vulgarizada construção de espaços artificiais que não correspondem às necessidades básicas da população, como o anunciado mini campo de golfe”, que é, na visão do partido é “um completo absurdo” e “não é uma prioridade para o nosso concelho”. [ver aqui Câmara cede à Junta terreno para construção de parque com minigolfe na cidade]

Sandra Pimenta acrescenta ainda que “não podemos esquecer os sérios desafios climáticos e energéticos que levaram, por exemplo, ao aumento dos preços dos alimentos e, por isso, é fundamental fomentar políticas que promovam a soberania alimentar, algo que poderá ser impulsionado pela criação de hortas comunitárias”

A responsável destaca que “continuar a ignorar que as ações de hoje não colocam em causa o nosso futuro, assim como o das futuras gerações, é uma irresponsabilidade total” acrescetando que “é fundamental dar prioridade à recuperação total do rio Pelhe, ação que o partido sempre defendeu”.

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