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Domingo, 22 Dezembro 2024

Brasil inspira Cimenteira do Louro na criação do Cobogó Urban para construções mais sustentáveis

A função principal do novo produto em betão "made in Famalicão" é dividir ambientes e permitir a entrada da luz natural e ventilação.

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Famalicão

A Cimenteira do Louro (ACL) acaba de lançar no mercado português e internacional o Cobogó Urban, segundo revelou a empresa famalicense em comunicado à imprensa.

Trata-se de um novo produto decorativo para o setor da construção cuja principal característica é a capacidade de dividir ambientes sem comprometer a ventilação e a iluminação naturais.

Estamos perante um recurso muito utilizado em estratégias de construção que conferem uma maior eficiência bioclimática. A função principal do cobogó é dividir ambientes e permitir a entrada da luz natural e ventilação, pelo que a sua utilização proporciona uma construção mais sustentável, gerando ventilação, iluminação natural e controlo solar como agentes de qualidade e conforto ambiental.

O cobogó foi inventado do Brasil por três engenheiros: um português, um brasileiro e um alemão. Fotografia DR/ACL

Mais do que um recurso arquitetónico para dividir ambientes, o Cobogó Urban da Cimenteira do Louro é um elemento modular em betão – com uma dimensão de 306 mm X 306 mm X 80mm e um peso de cerca de 7 quilogramas – que combina design, funcionalidade e novas formas de olhar para um espaço e para a sua decoração.

Além disso, o Cobogó Urban criado pela ACL apresenta “um forte apelo estético”, segundo Dinis da Silva, CEO da empresa de Vila Nova de Famalicão, dado poder ser desenvolvido em padrões diversos, acrescentando personalidade a um ambiente. Além de ser adaptável a diferentes estilos arquitetónicos e decorativos.

Os cobogós também representam uma opção ecologicamente correta para o setor da construção, uma vez que ao possibilitarem a ventilação e a iluminação naturais, reduzem o consumo de energia em ar condicionado e iluminação artificial. Além disso, “o betão é um material durável e resistente, que pode ser reciclado e reutilizado em outras aplicações”, lembra Dinis da Silva.

RECURSO ARQUITETÓNICO INVENTADO NO BRASIL

A história do cobogó remonta à primeira metade do século XX. Foi desenvolvido na cidade do Recife, na década de 1920, com o intuito de manter a ventilação natural através dos planos de parede – uma solução encontrada para auxiliar na regulação da temperatura dos ambientes perante o forte calor naquela região do Nordeste brasileiro. O sucesso foi tal que o cobogó passou a ser utilizado como elemento construtivo no resto do país a partir de 1950, sobretudo em projetos de arquitetos modernistas.

A designação “cobogó” resulta da junção da primeira sílaba dos apelidos dos três engenheiros que inventaram o elemento decorativo: o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernest Boeckmann e o brasileiro António de Góis.

Os cobogós podem ser produzidos em diversos materiais, sendo os mais comuns de betão (material em que foram criados inicialmente), vidro e cerâmica. A paleta de cores é cada vez mais diversificada e as opções de acabamentos são para todos os gostos.

DINIS SILVA: “COBOGÓS AGRADAM A ARQUITETOS E DECORADORES”

“Nos estudos de mercado que fizemos, verificamos que os cobogós cumprem uma função que agrada muito aos arquitetos e decoradores: são uma boa forma de criar uma divisória que proporciona circulação de ar e entrada de luz em simultâneo”, explica o CEO da empresa A Cimenteira do Louro.

Promovendo a separação e a integração dos espaços, os cobogós constituem um recurso arquitetónico muito simples para solucionar a entrada de luz, nomeadamente em compartimentos sem janelas. Numa moradia ou apartamento, os cobogós permitem dividir cozinha, sala de jantar e sala de estar sem que os três ambientes deixem de estar integrados num espaço amplo. O mesmo pode acontecer em ambientes de trabalho, como escritórios, restaurantes e outros, ou em espaços exteriores.

“Com os cobogós, conseguimos dividir ambientes sem causar uma rotura tão grande na forma como vemos o espaço”, elucida Dinis da Silva, mostrando-se “muito confiante” numa “recetividade muito positiva” por parte do mercado da construção.

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