A equipa de futsal feminino do Grupo Recreativo Avidos e Lagoa fez um ato de protesto no jogo frente ao ACR Nespereira, no último sábado, 30 de outubro, para “lamentar a falta de vontade da Câmara Municipal em arranjar uma solução, sabendo que a equipa está em plena competição a defender e honrar o município”.
Recorde-se que a recém-criada equipa de futebol feminino sénior do GRAL está já a duas semanas sem espaço para treinar. Até então eram realizados dois treinos semanais no Pavilhão de Delães, mas os treinos foram suspensos após terem sido informados, por um funcionário municipal, por telefone, que não podiam mais treinar no espaço.
No jogo da quinta jornada do campeonato distrital, a equipa de futsal do GRAL, juntamente com a direção do clube, ficou imóvel no campo durante um minuto após o apito do árbitro. Em solidariedade à situação que a equipa do GRAL está a enfrentar, as atletas da equipa vimaranense não atacaram, mantendo a bola a circular entre todas.
Após terminar o minuto inicial do jogo em que a equipa ficou imóvel em campo, as atenções voltaram-se para a bancada onde o público demonstrava a sua solidariedade através de aplausos e cartazes de apoio.
TROCA DE COMUNICADOS
Em comunicado, o GRAL repudia o teor do comunicado [divulgado pelo gabinete de comunicação da autarquia] “que tenta passar para a opinião pública que a responsabilidade do que está a acontecer é nossa” e a falta de diálogo por parte do município, “remetendo a explicação para um comunicado”.
O clube lembra que a criação da equipa de futsal feminina foi apenas dada a conhecer no dia 24 de julho, aquando da inauguração do complexo desportivo do GRAL, pelo que “nunca poderíamos cumprir com o pedido de manifestar interesse na ocupação do Pavilhão nas datas de 1 a 15 de julho”.
“Aliás, aquando do anúncio, prontamente o presidente em exercício e o vereador de desporto, mostraram total disponibilidade para ajudar visto tratar-se de uma modalidade nova no clube”, destaca o GRAL.
GRAL APELA AO DIÁLOGO
“Apelamos assim ao diálogo e à resolução do problema”, refere o GRAL, acrescentando que o clube só quer ser tratado por igual”. “Pedimos assim que seja arranjada uma solução para este problema que não foi arranjado por nós, como prova o mapa de ocupação do Pavilhão que a Câmara Municipal enviou a todos os clubes que utilizam o pavilhão”, afirma a direção do GRAL que salienta que está a aguardar “uma atitude cooperativa por parte da autarquia que, recorde-se, está a preparar uma candidatura a Capital Europeia do Desporto em 2025”.
O GRAL afirma que até ao momento o clube não recebeu “nenhum ofício da autarquia” a informar oficialmente cancelamento do horário de treinos. Preocupado com o futuro da equipa e da competição em curso, o clube apela à autarquia para “encontrar uma solução”.
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