Um consórcio liderado pela Fujitsu e a Atos ganhou um concurso da União Europeia para a instalação do novo supercomputador português Deucalion no AvePark – Parque de Ciência e Tecnologia, em Guimarães.
Com o Deucalion, Portugal dá início a uma nova fase na computação de alto desempenho, com um centro de competências para as empresas tirarem partido da supercomputação.
O agregado computacional pesa 26 toneladas e consome cerca de 1,7 MegaWatts, mas tem na capacidade de processamento a principal característica: 10 PetaFlops. O que significa que terá a capacidade para executar 10 mil biliões de instruções por segundo. A supermáquina implica um investimento de 20 milhões de euros.
O novo supercomputador tem uma capacidade de processamento 10 vezes maior que aquela que tem o Bob, o supercomputador cedido a Portugal pela Universidade do Texas, e que se encontra a operar em Oliveira Santa Maria, concelho de Famalicão, desde 2019, no Centro de Computação Avançada do Minho (MACC), fisicamente instalado no centro de dados da REN (Rede Eléctrica Nacional).
Já o novo supercomputador Deucalion que a União Europeia instalará no Avepark, em Guimarães, vai dotar Portugal de capacidade computacional para o desenvolvimento de simulações em todas as áreas da ciência e investigação.
Neste processo, tem existido uma estreita colaboração da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) com a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho.
GUIMARÃES DÁ INSTALAÇÕES
A autarquia vimaranense já estabeleceu um memorando de entendimento com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Universidade do Minho com vista à instalação do Centro de Computação Avançada do Minho no Avepark, que vai gerir o novo supercomputador, tendo já adquirido as instalações necessárias num espaço de cinco mil metros quadrados.
O supercomputador Deucalion chegará a Guimarães ao abrigo da Empresa Comum para a Computação Europeia de Alto Desempenho (EUROHPC), uma iniciativa da União Europeia criada em 2018 que visa tornar a Europa líder mundial no domínio da supercomputação.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, destaca a afirmação de Guimarães na captação de investimento na área da ciência e investigação, com o objetivo de também apoiar as empresas na sua inovação.
“Este supercomputador insere-se no envolvimento de Portugal na estratégia europeia de computação avançada e permitirá apoiar empresas de diferentes dimensões a tirarem partido das simulações computacionais para experiências morosas, dispendiosas, devido aos limites físicos da realidade. Além disso, deverá ainda pautar-se pelo uso de unidades de produção de energia renovável, o que é de enorme relevância para o país e para Guimarães”, afirmou o autarca, em nota de imprensa divulgada este domingo, 14 de fevereiro.
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