No próximo sábado, dia 24 de fevereiro, a Associação Famalicão em Transição retoma as Conversas TeT – Território em Transição, que têm como fim último dar um contributo da sociedade civil para a revisão do PDM – Plano Diretor Municipal.
O tema da sessão de sábado é “Que futuro para as nossas linhas de água? – O caso do Eco Parque de Cabeçudos”. A conversa decorrerá no próprio local, sendo o ponto de encontro no alargamento da Rua das Águas – Cabeçudos – Vila Nova de Famalicão, no encontro com o terreno em causa, às 15h. Pode consultar a localização aqui.
“Esta conversa pretende analisar e identificar os valores ambientais perdidos”, refere a Famalicão em Transição em comunicado. “Para além disso, discutiremos a importância dos ribeiros e outras linhas de água, e o valor de uma REN (Reserva Ecológica Nacional) robusta e bem estruturada para um concelho com uma elevada pressão humana. Isso, tendo em conta a grande aceleração verificada nos últimos anos da expansão urbana e proliferação de espaços industriais, comerciais (não tradicionais) e serviços por todo o concelho”, acrescenta a Associação.
Durante a iniciativa, pretende-se tentar “listar os riscos, com os respetivos impactos económicos, do processo de urbanização daquele espaço, avaliando a ocupação das áreas circundantes, tendo em conta o equilíbrio entre os usos industriais, comerciais/serviços e a qualidade de vida de quem vive na zona”, refere a Associação, acrescentando que “será também ponderado o valor do património, da paisagem e do meio ambiente como fatores de atratividade de um território”.
“Famalicão tem uma rede hidrográfica muito extensa e bem distribuída pelo concelho. Para além do rio Ave, temos o rio Este, o Pele, ou o Pelhe, que nasce, tem a sua foz e nunca sai do concelho ao longo do seu percurso”, lembra a Associação, destacando que “apesar deste potencial hidrográfico, tão fundamental para o uso humano como para o equilíbrio natural, as pequenas linhas de água são muitas vezes esquecidas, maltratadas e entubadas”.
“Este é um património que deve ser conhecido e valorizado, porque no processo de adaptação do concelho às alterações climáticas, trata-se de um ativo e não de um entrave ao desenvolvimento”, afirma a Famalicão em Transição.
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