Foi realizada na manhã desta segunda-feira a cerimónia de assinatura do acordo de coligação PSD-CDS para as eleições autárquicas 2021 em Vila Nova de Famalicão. Com a assinatura deste acordo é reativada a plataforma eleitoral “Mais Ação. Mais Famalicão”.
Tal como há 20 anos, a cerimónia aconteceu no Hotel Moutados. Só que desta vez sem candidatos escolhidos, o que acontece pela primeira vez. E com novos protagonistas: Paulo Cunha, presidente da Câmara e líder local do PSD, e Ricardo Mendes, vereador e líder local do CDS.
Tal como o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO revelou em primeira mão, há um tabu em torno da recandidatura de Paulo Cunha. O presidente da Câmara não confirma se será candidato ao terceiro e último mandato como presidente da Câmara de Famalicão. À medida que aumenta o tabu em torno do assunto, cresce a lista de candidatos a candidatos à sucessão do autarca.
Face à indecisão, até o vereador Leonel Rocha, que recentemente foi apresentado como candidato da coligação PSD-CDS à Junta de Ribeirão, admite agora voltar atrás e ser candidato â Câmara Municipal.
“Tenho que confessar que não gostaria de ver Paulo Cunha a sair neste momento. Se isso acontecer o partido terá que encontrar uma solução. Solução essa que estarei de acordo com ela. Se essa escolha recriar sobre Leonel Rocha? Terei que ponderar a situação”, afirmou o próprio Leonel Rocha, vereador da Cultura e da Educação, em declarações ao jornal “Diário do Minho”.
O vereador Augusto Lima e o deputado à Assembleia da República Jorge Paulo Oliveira, também na corrida, ainda não se manifestaram publicamente. Augusto Lima, porém, neste domingo, prosseguiu a sua rota pelas igrejas de Famalicão, fotografando-se ao lado da mulher, Susana Forte.
Com a incógnita em relação a quem encaberá a lista para a presidência da Câmara Municipal, também fica tudo por decidir em relação aos nomes dos demais candidatos que irão compor a lista de vereadores. Muitos dos nomes que compõem o executivo estão em funções (como vereadores ou assessores) desde que a coligação assumiu o poder há 20 anos.
A ordem em que os nomes vão aparecer na lista também tem acrescida relevância, pois no núcleo duro da coligação de direita considera-se extremamente difícil manter a fasquia de 8 vereadores num executivo de 11, como atualmente acontece.
Não só pelo desgaste político de 20 anos de poder, mas também pelo surgimento de novas candidaturas a disputar o mesmo eleitorado, como serão os casos da Iniciativa Liberal e do Chega!.
NUNO MELO TAMBÉM TEM UM TABU
Também por decidir está quem será o cabeça de lista da coligação PSD-CDS à Assembleia Municipal. Desde as eleições de 2001 Nuno Melo tem sido o candidato. Recorde-se que a confirmação da recandidatura de Nuno Melo foi dada na imprensa nacional em março.
Nuno Melo é o presidente da Assembleia Municipal de Famalicão há mais tempo em funções. Caso seja novamente candidato e a coligação PSD-CDS vença as eleições autárquicas deste ano, ficará 24 anos consecutivos no cargo.
A coligação PSD-CDS tem vencido as eleições autárquicas no município desde 2001. E é a primeira vez que o acordo é formalizado sem que sejam conhecidos os candidatos à presidência da Câmara e da Assembleia Municipal.
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